O clima esquentou novamente na noite desta segunda-feira (07/10) no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas (50 mil pessoas, segundo o sindicato, e 10 mil, de acordo com a PM) fizeram protesto pacífico, em apoio a professores em greve e contra o plano de cargos e salários aprovado. Na Cinelândia, vândalos iniciaram quebra-quebra e tentaram invadir a Câmara, dispersando os ativistas pacíficos. Um ônibus foi queimado e muitas bombas foram lançadas Manifestantes black blocs, que mais cedo participaram de um protesto em apoio à educação no Rio, incendiaram um ônibus na Avenida Rio Branco, depredaram mais dois, e jogaram dois coqueteis-molotov no consulado americano.

Passageiros que estavam em outros ônibus foram obrigados a descer para não serem atingidos pelo fogo. Manifestantes também jogaram pedras contra o consulado. Os policiais militares do Batalhão de Choque se posicionaram próximo ao consulado e começaram a dispersar os manifestantes com bombas de gás e de efeito moral.

Pontos de ônibus foram quebrados e o prédio do Consulado de Angola também foi depredado. Black blocks assumiram a direção de dois ônibus e colocaram os veículos de forma que bloqueassem a Avenida Rio Branco ao lado do monumento do Obelisco. Os bombeiros foram chamados e começaram a apagar as chamas do ônibus que foi incendiado. Neste momento incendiaram um segundo ônibus.

A Coordenadoria Militar da Câmara Municipal do Rio informou que, por volta das 20h desta segunda-feira (7), um grupo de 200 manifestantes, que participava da manifestação, tentou invadir o prédio. Eles também jogaram galões de gasolina pelas janelas e tentaram incendiar o prédio, além de pichar toda a parte externa do edifício.

Onze manifestantes foram detidos e levados para a 5ª DP (Mem de Sá). Um dos detidos era menor de idade. Eles foram revistados e liberados porque nada que pudesse configurar o flagrante foi encontrado com eles. De acordo com os advogados do Instituto do habeas corpus, um manifestante está detido na 12ª DP (Copacabana) e três estão detidos na 17ª DP (São Cristóvão).

(*) Com informações da Agência Brasil

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