Em Guarulhos homens do Corpo de Bombeiros encontram vítima nos escombros do prédio que desabou
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Equipes de resgate encontraram na tarde desta quinta-feira (05/12) o corpo do operário Edenilson Jesus Santos, de 24 anos, que estava desaparecido desde o desabamento de um prédio em Guarulhos, na segunda-feira (02). De acordo com os bombeiros, o corpo dele estava prensado entre um pilar e uma viga no segundo subsolo, na saída do alojamento, perto de uma rampa.
Na terça, os bombeiros encontraram os documentos dele e uma cama que estava intacta no meio do entulho.
Os bombeiros acreditam que ele percebeu que o prédio iria cair e tentou fugir. A família acompanhou o trabalho de buscas e já foi informada sobre a morte do operário. Ele era pai de duas crianças.
A queda do edifício de cinco andares, com 30 apartamentos, aconteceu por volta das 19h20 de segunda-feira na Avenida Presidente Humberto Castelo Branco, altura do número 1.900. Os 13 operários que trabalhavam na obra já haviam saído após o fim do expediente.
A Defesa Civil vai vistoriar as casas vizinhas ao prédio que desabou para decidir se há condições e depois vai resolver se elas podem ser liberadas.
Investigações
Três operários da obra disseram à polícia na quarta-feira que tinham avisado o mestre de obras que a construção estava com problemas. Eles prestaram depoimento e afirmaram que rachaduras na obra começaram há pelo menos cinco meses.
O operário Erivaldo de Jesus Santos disse à polícia que viu rachaduras no prédio desde o primeiro dia de trabalho e que todos trabalhavam com muito medo de o prédio cair.
Outro funcionário, Edvaldo de Jesus dos Santos, irmão do vigia desaparecido, contou aos investigadores que, aos poucos, as rachaduras iam aumentando. Segundo ele, o mestre de obras teria respondido que as rachaduras “eram normais”.
Um funcionário administrativo da construtora Salema Construções, responsável pela obra, foi levado à delegacia, mas acabou dispensado. O delegado que está cuidando do caso já chamou para depor o engenheiro Fernando Salema, dono da construtora.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) informou, em nota na quarta-feira, que foi instaurado um processo administrativo de apuração de responsabilidades relacionado ao caso.
Segundo o órgão, a primeira ação foi fazer uma “verificação dos documentos da empresa responsável pelo serviço e do profissional responsável técnico pela execução do mesmo, constatando que ambos estão regulares com o Conselho em relação ao registro profissional”. A equipe de fiscalização do Crea-SP também registrou imagens do local do desabamento e solicitou uma cópia do boletim de ocorrência com a Polícia Civil.
Alvará
Por meio de nota, a prefeitura de Guarulhos informou que o “alvará de construção foi emitido em 23 de novembro de 2012 para erguer um condomínio residencial de 30 apartamentos e 2 salões comerciais, totalizando 3.706 metros quadrados”.
No dia 14 de maio, a empresa Salema Comércio, Construção e Projetos Ltda., responsável pela obra, entrou com um pedido de substituição do projeto, acrescentando um mezanino em um dos salões comerciais. “Esse alvará foi expedido em 6/11/2013, por atender aos requisitos legais e técnicos aferidos pela prefeitura”, informou o comunicado.
De acordo com a prefeitura, “a responsabilidade sobre a execução da obra, de modo a garantir que todas as medidas de segurança estrutural do prédio e de bem-estar dos funcionários que a executavam fossem cumpridas, cabe à empreiteira, através do seu engenheiro responsável”.
(*) Com informações do G1 e Agências
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