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Suspeito de jogar noiva de terraço na virada do ano é procurado pela polícia

 
 

Nívia, que havia acabado de concluir o curso de Direito, deixa uma filha de 2 anos e uma irmã de 7 (Foto: Reprodução / Facebook)

Investigado pela 73ª DP (Neves), de acordo com a Polícia Civil, o delegado titular da unidade, Jorge Veloso, já solicitou a prisão temporária e tenta localizar e prender um homem suspeito de provocar a morte da noiva, a estudante de Direito Nívia Araujo, de 24 anos, na madrugada da última quarta-feira (01/01) em São Gonçalo. A jovem foi internada no Hospital Estadual Alberto Torres com traumatismo craniano grave depois de cair do terraço da casa onde morava. Segundo a família, os médicos anunciaram a morte cerebral dela no fim da manhã desta sexta-feira (03).

O suspeito era noivo de Nívia, mas sua identidade não foi divulgada. Agentes da Polícia Civil fazem buscas para localizá-lo. Segundo o delegado, o rapaz tem dois antecedentes criminais contra agressões a outras namoradas. Os registros foram feitos na Delegacia da Mulher de São Gonçalo.

Nívia, que era mãe de uma menina de 2 anos, passou o Réveillon com amigos e parentes e Maricá, mas voltou sozinha para casa na madrugada. Segundo a família, o noivo teria invadido o imóvel de três andares, agredido a jovem e arremessado o corpo do terraço. “A gente tem imagens do circuito de vigilância do vizinho que mostra ele (o noivo) esperando por ela.

Um amigo a deixou na porta de casa e ela entrou rapidamente. Ele escalou o muro da vizinha e chegou ao terceiro andar, arrombou a porta da varanda e do quarto dela”, disse Angelita Machado, prima da vítima.

Segundo Angelita, foi o pai do suspeito quem avisou a mãe de Nívia sobre a suposta queda do terraço. “Ele (o noivo) ligou para o Corpo de Bombeiros pedindo socorro e foi direto para a 72 DP registrar ocorrência de que ela caiu do terraço enquanto estendia roupa. Depois disso ele sumiu e imediatamente deletou a página dele no Facebook”, destacou a prima. A mãe de Nívia foi até a casa do ex-genro buscar relógio e batom da filha, mas ninguém a recebeu.

Ameaças ignoradas

O delegado da 73ª DP Jorge Veloso disse ao G1 que não tem a confirmação de que o namorado de Nívia se apresentou na 72 DP par registrar a ocorrência. Segundo Veloso, ele tem o registro da ocorrência feita pelo bombeiro que foi chamado pelo rapaz para socorrer a moça.

“Nesse registro, o bombeiro relata que ao chegar ao local o rapaz contou que foi agredido pela jovem que estava bêbada e que ela teria caído do terraço”, disse.

O delegado disse ainda que ja ouviu depoimentos de amigos que estavam com a jovem na festa de Réveillon. “Eles contam que ela recebia mensagens durante a festa e comentava que eram ameaças, mas parecia não se importar muito, tanto que foi para casa sozinha”. A policia mandou o celular da jovem para a perícia e também solicitou imagens das câmeras de segurança de uma casa vizinha.

Crime passional

Para a família, o crime foi cometido porque o noivo não aceitava o término do relacionamento. “Eles ficaram juntos por seis meses. A Nívia terminou com ele na semana antes do dia 31. Ela reclamava que ele é agressivo, muito explosivo e ciumento e controlava os passos dela”, contou Angelita.

Neuzeli Barbosa da Costa, mãe de Nívia, disse que a filha estava muito feliz na última semana mas preocupada com o romance. ” Ela me disse que ia terminar porque podia acontecer uma desgraça porque e era muito ciumento”, disse. Para ela, não há dúvidas sobre a autoria do crime. “Eu não tenho dúvida que ele matou a minha filha. Ele entrou na casa e arrebentou porta do quarto e do armário”.

A mãe de Nívia, Neuzeli Barbosa da Costa, conta que o casal tinha bom relacionamento, apesar do ciúme do rapaz. No domingo anterior ao crime ele estava na casa dela com comportamento normal, mas não aceitou o fim do noivado.

Segundo Neuzeli, o casal não brigou, mas ele resistiu ao fim do romance. Depois disso, ele teria enviado mensagens de ameaças para o celular de Nívia, que as apagou. O celular foi entregue para a polícia.

“Ele destruiu a minha vida. Eu estou aqui com a minha filha morta, mas estou morta também. Não sei mais o que fazer para viver. A minha filha não merecia isso que ele fez com ela não. Minha filha era tudo na minha vida. Era eu, ela e as duas Marias ( filha da jovem e a irmã de 7 anos). A gente tinha uma convivência muito boa. Ele chegou e acabou com o sonho da minha filha”, desabafou Neuzeli.

O velório e o enterro da jovem ainda serão definidos. A família espera o comunicado oficial da morte por parte dos médicos para providenciar o funeral. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não confirma a morte de Nívia. “Os médicos disseram no fim da manhã que ela teve morte cerebral. Depois das 19h eles farão um procedimento formal na presença da família para comprovar o óbito”, esclareceu a Angelita.

(*) Com informações do G1 e Agências

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