Morre em Israel, o ex-primeiro ministro Ariel Sharon, aos 85 anos
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Morreu neste sábado (11/01) em Tel Aviv, Israel, o ex-primeiro ministro Ariel Sharon. O estado de saúde do israelense tinha piorado de forma “dramática” nas últimas horas e a família já esperava a sua morte. Sharon, de 85 anos, sofreu em janeiro de 2006, quando era primeiro-ministro, uma hemorragia cerebral que lhe levou a um estado de coma permanente e desde então esteve internado no hospital Tel Hashomer, onde o ex-líder israelense ficou internado há oito anos.
Ariel Scheinermann, mais conhecido como Ariel Sharon, nasceu em Kafar Malal no dia 27 de fevereiro de 1928, foi além de político, militar de Israel, com ação polemica na Guerra do Líbano na década de 1980.
Foi primeiro-ministro de Israel entre 7 de março de 2001 a 4 de janeiro de 2006, foi membro fundador do partido Likud e fundador do partido Kadima. No início de 2006, em pleno exercício do cargo de primeiro-ministro, sofreu um AVC e desde aí, encontra-se entubado e em estado vegetativo. Foi substituído por Ehud Olmert na chefia do governo.
Ariel Sharon nasceu em um assentamento israelense o então Mandato Britânico da Palestina. Seu pai era um judeu de origem lituana e sua mãe uma judia russa. Os pais de Sharon fizeram parte da Segunda Aliá, um movimento sionista-socialista com orientação secular.
Em 1942, com a idade de 14 anos, Sharon entrou na Gadna, uma força paramilitar formada por jovens, e mais tarde ingressou no Haganá, força paramilitar judaica clandestina que lutava pelo fim da administração britânica da Palestina.
Quando o Estado de Israel foi criado, em 1948 (e o Haganá foi incorporado às forças de defesa israelenses), Sharon tornou-se comandante das tropas da Brigada Alexandroni. Sharon teve um grave ferimento na virilha depois de enfrentar a Legião Árabe Jordaniana durante a Segunda Batalha de Latrun, numa tentativa frustrada de libertar judeus sitiados em Jerusalém. Seus ferimentos foram tratados e Sharon recuperou-se.
Em 1949 foi promovido a comandante da companhia, e em 1951 para oficial de inteligência. Ele então abandonou o cargo para estudar História e Cultura do Oriente Médio na Universidade Hebraica de Jerusalém. Um ano e meio depois, ele pediu para voltar ao trabalho, agora no cargo de major e líder da Unidade 101, a primeira das forças especiais israelenses.
A Unidade 101 realizou uma série de ataques contra os vizinhos palestinos, o que trouxe mais confiança a Israel e fortaleceu sua resistência. Entretanto, a unidade também foi criticada por ter atacado civis e soldados palestinos, no conhecido episódio do massacre de Qibya, no outono de 1953, quando cerca de 60 civis palestinos foram mortos num ataque na Cisjordânia.
No documentário: “Israel e os árabes: 50 anos de guerra”, Ariel Sharon recorda o que aconteceu no confronto, que foi duramente condenado por muitos países ocidentais, inclusive os Estados Unidos da América.
No dia 18 de dezembro de 2005, Sharon foi enviado ao hospital de Hadassah Ein Kerem depois de sofrer um derrame brando, mais especificamente um tipo relativamente pouco comum de derrame chamado embolia paradoxal, na qual um coágulo da circulação venosa passa para a circulação arterial através de um buraco entre o átrio direito e o átrio esquerdo e vai para o cérebro, causando perturbações na fala e no andar.
No seu caminho ao hospital Sharon perdeu a consciência, mas recuperou-a logo depois. Segundo se reportou, ele quis deixar o hospital à tarde, pouco tempo depois da sua chegada, mas o hospital fez com que ele ficasse por mais um dia. Sharon passou dois dias no hospital e teve o problema do pequeno buraco no coração reparado através de um procedimento cirúrgico conhecido como cateterização cardíaca. Isto ocorreu nos primeiros dias de 2006.
No dia 4 de janeiro de 2006, Sharon sofreu um segundo derrame, muito mais grave. Houve uma hemorragia cerebral maciça que os médicos conseguiram sanar depois de duas operações separadas feitas na manhã seguinte. Sharon foi colocado em um respirador artificial. Alguns boletins sugeriram que ele estava com paralisia no corpo da cintura para baixo, outros disseram que ele lutava pela vida. As suas obrigações no governo foram entregues ao vice-primeiro-ministro Ehud Olmert.
Sharon estava tomando anticoagulantes desde o primeiro derrame para prevenir a formação de outro coágulo, todavia essas drogas ao mesmo tempo que impedem a coagulação do sangue, aumentam também a ocorrência de casos de hemorragia além de gerar outras complicações no caso de uma intervenção cirúrgica na caixa craniana.
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