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Polícia prende suspeito de matar cinegrafista, ele estava na Bahia

 
 

Caio Silva de Souza, Polícia prende suspeito de matar cinegrafista, ele estava na Bahia

Caio Silva de Souza, 22 anos, contou após a prisão que pretendia fugir para a casa de um avô para o Ceará, quando foi convencido por telefone pela namorada a se entregar à polícia na Bahia. Ele é suspeito de lançar o rojão que matou o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, ele chegou na manhã desta quarta-feira (12) ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Caio chegou no voo 06211 (Salvador-Rio, da Avianca). Ele foi preso em Feira de Santana (BA). Caio teria usado um nome falso para se hospedar na pousada Gonçalves, perto da rodoviária de Feira de Santana (BA), onde foi preso informou uma recepcionista do estabelecimento.

Três agentes da 17ª DP (São Cristóvão) acompanharam o delegado que investiga o caso, Maurício Luciano de Almeida e Silva, e o advogado de Caio, Jonas Tadeu, na operação que terminou com a entrega dele.

Homens da polícia baiana deram apoio à operação. A namorada do suspeito também esteve na Bahia durante a rendição. Ele se entregou em uma pousada próxima à rodoviária da cidade baiana, que fica a mais de 1,5 mil km do Rio e a 100 km de Salvador.

Na terça-feira foi divulgado duas fotos dele e de acordo com a Secretaria de Saúde do Rio, o jovem trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma empresa que presta serviço para o Hospital Rocha Faria, na Zona Oeste do Rio.

Polícia do Rio faz divulgação de cartaz o rosto de Caio Silva de Souza

Durante todo o dia, policiais fizeram buscas para prender Caio. Segundo a polícia, a família dele mora na Baixada Fluminense. Os agentes estiveram em outros endereços, mas ele não foi encontrado – e já é considerado foragido.

O delegado que investiga o caso informou que a fotografia foi mostrada a Fabio Raposo. Ele, que está preso, teria confirmado que o homem da foto é o mesmo que acendeu o explosivo. Teria contado também que conhecia Caio de outros protestos e que ele tem um perfil violento.

O delegado também disse que todos os direitos do preso estão sendo garantidos, e que as investigações sobre o caso continuam. “Estamos convencidos que a participação do Caio nessas manifestações de forma efetiva com emprego de violência não se restringiu ao fato que agora já sabemos, e temos provas contundentes de ele ser o autor da morte do Santiago”, disse.

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, afirmou que o advogado de Caio, que também representa o outro envolvido no caso preso, Fábio Raposo, intercedeu para agilizar a entrega.

Delegado Mauricio Luciano responsável por comandar as investigações do caso

Prisão temporária

O mandado de prisão temporária dele foi expedido na segunda-feira (10), no fim da noite.

No documento, a Justiça informa que o indiciado foi apontado como responsável por acender e posicionar o artefato que, detonado na direção do cinegrafista, causou a sua morte.

Caio Silva de Souza tem quatro registros na polícia do Rio. Em 2008, deu queixa dizendo ter sido agredido pelo irmão. Em 2010, foi levado duas vezes à delegacia por suspeita de porte de drogas, mas não chegou a ser acusado.

E, em 2013, foi à polícia dizer que tinha sido agredido em um protesto no centro do Rio. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram indiciados por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo e crime de explosão. Se forem condenados, podem pegar até 35 anos de prisão.

Fabio Raposo, 23 anos, foi preso neste domingo no Rio

Projeto de lei

Um projeto de lei, elaborado por uma comissão criada pelo secretário de Segurança do Rio, foi levado para o Senado e prevê leis mais duras para o crime de associação para a incitação ou prática de desordem.

“Precisamos de um arcabouço jurídico específico para essas ações que são muito novas para a população brasileira que não conhecíamos e não tínhamos visto nada dessa natureza com equipamentos explosivos, estilingues, máscaras. Isso dificulta muito na delegacia para fazer o enquadramento dessas pessoas”, disse Beltrame.

Santiago Ilídio Andrade morreu nesta segunda-feira no Rio de Janeiro

Ativista

Na tarde desta terça-feira (11), a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, prestou depoimento na delegacia. No domingo, dia em que Fábio Raposo foi preso, o estagiário do advogado dele assinou um termo de declaração afirmando que Elisa tinha oferecido, por telefone, ajuda jurídica a Fábio.

Segundo o advogado Jonas Tadeu, ela disse também – durante a ligação – que o rapaz que acendeu o artefato que atingiu o jornalista era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo. Também no domingo, o deputado confirmou que falou por telefone com a ativista, mas disse que não conhece nem Fábio Raposo, nem o homem que lançou o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes.

Momento em que o cinegrafista da Band, Santiago Andrade foi atingido

A polícia não revelou o que Elisa disse no depoimento desta terça. Na saída da delegacia, ela não quis gravar entrevista. Disse apenas que não conhece o suspeito Caio Silva de Souza. Nas redes sociais, Elisa confirmou que ligou para o assistente do advogado para oferecer assistência jurídica, mas negou ter citado o nome de Marcelo Freixo.

Em frente à delegacia, colegas fizeram mais uma homenagem a Santiago Andrade. Órgãos dele doados pela família já foram transplantados. O corpo de Santiago será velado e cremado na próxima quinta-feira. Em uma missa celebrada na noite de segunda-feira, companheiros de profissão e amigos fizeram orações e se emocionaram.

Veja as imagens que flagraram suspeitos de ataque contra o cinegrafista da BAND

(*) Com informações do R7, G1 e Agências

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