Manifestantes de oposição ao governo venezuelano desafiou nesta terça-feira (18/02) com uma marcha sem autorização no centro de Caracas. Após duas semanas de protestos estudantis nos quais setores da oposição se juntaram em apoio na última quarta-feira deixou alguns mortos e dezenas de pessoas gravemente feridas.

Mas o governo alertou que o protesto não tem permissão e também anunciou dois eventos para esta terça-feira no mesmo setor, um concerto pela paz na Plaza Venezuela e outro com trabalhadores da estatal petroleira no Palácio de Miraflores, onde o presidente Nicolas Maduro vai participar.

Na segunda-feira (17), ambos os lados se acusaram relembrando Abril de 2002. O governo de Maduro critica as manifestações com propagandas e reuniões populistas com propagandas governamentais em rede interrompendo a programação das televisões do país, que são obrigadas a transmitir as reuniões da equipe do governo.

Em seu novo programa da noite pela televisão estatal, o presidente da Assembleia Nacional e número dois do chavismo, Diosdado Cabello, ameaçou dizendo que “Nenhuma marcha de oposição vai entrar no território do município de Libertador não vai acontecer não é permitido”.

Carlos Vecchio, coordenador político Popular cujo líder Leopoldo Lopez é o promotor das marchas de oposição declarou por sua vez que “o Estado é o primeiro que deveria garantir que a grande massa possa de manifestar da melhor maneira que é a democracia”.

Lopez, um jovem economista formado em Harvard, e que tem uma longa carreira política, ameaçado pelo governo de Maduro, emitiu uma nota dizendo que poderá se apresentar às autoridades a qualquer hora e até mesmo na manifestação marcada.

Por sua vez, o governo da Venezuela promete que não ocorrerá manifestação alguma e que está disposto a colocar o aparato policial de segurança nas ruas para impedir a qualquer custo.

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