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Abalo sísmico de 4,1 de magnitude volta a assustar moradores de Montes Claros-MG

 
 

Parte do reboco do teto de uma casa no bairro Deufino Magalhães desabou atingindo uma pessoa. (Foto: Michelly Oda / G1)

Na tarde deste domingo (06/04), um novo tremor de terra assustou os moradores da cidade de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Foram registrados, durante todo o dia, pela Defesa Civil do município. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília confirmou que os dois maiores abalos foram registrados com magnitude de 4,2 e 4,1 de magnitude. Os dados só foram confirmados no fim da tarde deste domingo, pois não haviam funcionários em expediente.

Durante a reunião para tratar o Plano Integrado de Enfrentamento a Tremores de Terras na Cidade de Montes Claros, o coordenador da Defesa Civil Municipal, Mattson Malveira, questionou a demora na confirmação da magnitude dos abalos. “Esta falta de respostas incomoda e muito. A população precisa de uma resposta. Estamos fazendo nosso papel, mas precisamos de mais atores para que esta resposta seja dada mais rapidamente”, afirma.

Logo após o tremor desta tarde, moradores sentiram um cheiro forte de gás em um apartamento no Bairro São José, área central d acidade. “Logo que percebi o odor, eu desliguei todos os padrões de energia do prédio para evitar riscos de explosões”, afirma o comerciante Edney Fernandes.

Os bombeiros arrombaram a porta do apartamento para ter acesso ao local. “Nós não podemos descartar a ligação entre as duas ocorrências. O vazamento estava em uma das conexões”, afirma o sargento Josué Ferreira Aguiar.

Somente durante a manhã 200 chamados foram registrados pelo Corpo de Bombeiros. Uma reunião de emergência foi realizada e uma ação estratégica foi estitulada em conjunto com a Defesa Civil.

Segundo o major Gouveia, do Corpo de Bombeiros, os pontos mais atingidos foram mapeados, entre eles o centro da cidade e a região oeste. Ainda de acordo com o militar, uma equipe treinada para trabalhar em áreas colapsadas foi acionada.

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) confirmou os abalos, mas ainda não informou a magnitude.

No bairro Jaraguá, uma mesa de vidro se quebrou na casa da defensora pública Maiza Rodrigues. “Acho que este abalo foi ainda mais forte. Minutos antes os cães da vizinhança começaram a latir”, conta.

Este foi o segundo dia em menos de uma semana que fortes tremores de terra foram sentidos pelos moradores de Montes Claros. Na terça-feira (6) um abalo de 3,2 de magnitude foi registrado próximo à maior cidade do Norte de Minas.

Durante a manhã, metade da cidade e ainda outros dois municípios ficaram sem fornecimentos de energia por 45 minutos.

De acordo com a Cemig, faltou energia porque a subestação Montes Claros 1, localizada na Vila Mauriceia, foi atingida pelo tremor e “por questão de segurança” o aparelho desarmou. Funcionários da companhia estiveram no local para avaliar a situação.

O universitário Thiago Veloso, morador da Vila Atlântida, bairro onde já foram registrados danos a residências em tremores anteriores, conta que sentiu a mesma intensidade do maior abalo de terra ocorrido na cidade, em maio de 2012, com magnitude 4.

“Ouvi um barulho muito alto e ele foi se propagando por alguns segundos. Depois ouvi o mesmo barulho outras duas vezes, mas em intensidade menor. Fiquei muito assustado”, conta. Thiago relata ainda que, além da falta de energia, as linhas de celular ficaram indisponíveis por cerca de 40 minutos. Na casa dele, porém, nada foi danificado.

O tremor ainda assustou moradores de outros bairros da cidade. “Aqui todos ficaram assustados. Corremos para porta de casa”, relata Alessandra Marques, moradora do Candida Câmara.

Na Vila Alice, a aposentada Geni Medeiros, de 66 anos, estava em casa com o marido, de 92 anos, quando sentiu o tremor.

“Eu tenho pressão alta e fiquei muito assustada, com o coração acelerado. Balançou a casa todinha e eu gritei para todo mundo sair. Algumas telhas caíram e nos assustaram ainda mais.”

No Bairro Delfino Magalhães, parte do reboco do teto de uma casa desabou e deixou a estudante Ana Carolina Mesquita, de 14 anos, com uma escoriação leve na cabeça.

Um prédio na Rua Coronel Antônio dos Anjos passou por vistoria no início da tarde. Apesar das rachaduras apresentadas, segundo o Corpo de Bombeiros, o edifício não precisou ser interditado.

(*) Com informações do G1

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