Morre o escritor Gabriel José García Márquez, aos 87 anos, no México
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A família de Gabriel José García Márquez, informou nesta quinta-feira (17/04) a morte do escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Ele estava no México onde tratava de um câncer. Gabriel García Marques enfrentava um novo câncer em fase de metástase, que se espalhou pelos pulmões e fígado. O autor de “Cem Anos de Solidão” recebia tratamento paliativo em sua casa, na Cidade do México, onde morava há mais de uma década.
Considerado um dos autores mais importantes do século 20, ele foi premiado com o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e vive atualmente no México. É pai do cineasta Rodrigo García.
Em abril de 2009 declarou que se aposentou e que não pretendia escrever mais livros. Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, noticiou que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora esteja em bom estado físico, perdeu a memória e não voltaria a escrever.
Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabo, nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, filho de Gabriel Eligio García e de Luisa Santiaga Márquez, que tiveram ao todo onze filhos. Logo depois que García Márquez nasceu, seu pai se tornou um farmacêutico. Em janeiro de 1929, seus pais se mudaram para Barranquilla, enquanto García Marquez permaneceu em Aracataca. Foi criado por seus avós maternos, Doña Tranquilina Iguarán e o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía. Quando ele tinha oito anos, seu avô morreu, e ele se mudou para a casa de seus pais em Barranquilla, onde seu pai era proprietário de uma farmácia.
Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.
Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”, pensou “então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?”. Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.
Jornalismo
Seu trabalho como jornalista foi para o jornal El Universal. Em 1949 vai para Barranquilha e trabalha como repórter para o jornal El Heraldo. Neste mesmo período participa de um grupo de escritores para estimular a literatura. Em 1954 passa a trabalhar no El Espectador como repórter e crítico.
Em 1958 trabalha como correspondente internacional na Europa, retorna a Barranquilha e casa-se com Mercedes Barcha com quem tem dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Em 1961 vai para Nova Iorque para trabalhar como correspondente internacional, mas suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro o fizeram ser perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México. Em 1994 funda juntamente com seu irmão, Jaime Abello, a Fundação Neo Jornalismo Iberoamericano.
Literatura
Teve como seu primeiro trabalho o romance “La Hojarasca” publicado em 1955. Em 1961 publica “Ninguém escreve ao coronel”. A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no “El Espectador”, somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse. O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e El amor en los tiempos del cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão, livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração. Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado “Realismo Fantástico”. Suas novelas e histórias curtas – fusões entre a realidade e a fantasia – o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.
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