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Falso padre celebra missa em Laje do Muriaé e Porciúncula, e acaba na delegacia

 
 

Falso padre celebra missa em Laje do Muriaé e Porciúncula, e acaba na delegacia

Foi preso em Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, um homem identificado como Wesley Ricardo da Costa, que se apresentava como Padre Católico nas Redes Sociais e conseguiu inclusive com sua atitude enganar dois padres de duas paróquias distintas na Região, o da Paróquia de N.Sª. da Piedade em Laje do Muriaé e o de Porciúncula e justamente na Semana Santa onde os Católicos aplicam grande parte dos ensinamentos de sua devoção nas suas liturgias.

O pároco lajense tinha conhecido o falsário pelo Facebook onde se tornaram amigos virtuais. Ali conversaram por várias vezes e onde o Wesley se apresentava como “Padre Ricardo”.

Num dos bate-papos pela internet o “Padre Ricardo” confessou ao religioso de Laje do Muriaé o desejo de viajar até a sua cidade em suas férias da Capelania do Exército, quando na oportunidade conheceria a sua paróquia.

Convencido de que se tratava de um sacerdote de bom coração e aplicado nos ofícios do catolicismo, pois viu várias fotografias dele celebrando missas em várias cidades e inclusive ao lado do Arcebispo de São Paulo, o padre lajense oficializou o convite o que ficou confirmado para o período da Semana Santa.

Falso padre celebra missa em Laje do Muriaé e Porciúncula, e acaba na delegacia

Ao chegar em Laje do Muriaé, o tal “Padre Ricardo” pediu ao sacerdote local para que deixasse celebrar uma das missas. O pedido foi atendido em parte, pois em se tratando de uma data tão significativa não poderia abrir mão de tal ofício, visto que é uma prerrogativa da qual não é comum se abdicar dela. No entanto deixou que o “Padre Ricardo” lhe auxiliasse nas celebrações.

O mesmo ocorreu com o padre da paróquia de Porciúncula que convidou o “Padre Ricardo” para ajudá-lo naquele ofício que somente os ordenados para tal podem fazê-lo.

Empolgados com a liturgia e os ritos, do “Padre Ricardo”, alguns fiéis tiraram fotos e postaram na Rede Social e a mesma internet que serviu para enganar também serviu para pegar o enganador. As imagens fotografadas do falso religioso chegaram até um padre paulista que tinha conhecimento das práticas fraudulentas de Wesley, que também tinha enganados vários padres de sua região.

imediatamente entrou em contato com os vigários que avisaram a polícia em segredo sem que Wesley percebesse a ação.

Ao retornar para Laje do Muriaé a Polícia da cidade já estava à sua espera para conduzi-lo até a 138ª DP, onde pode esclarecer o porquê de se passar por padre.

Falso Padre ouviu confissões e até distribuiu na eucaristia

Em depoimento Wesley disse que tinha cursado por 4 anos um seminário católico e que foi afastado por causa de disciplina. E que desde então vem tendo dificuldades e para resolver tal situação vinha passando por religioso para poder se alimentar e também angariar alguns fundo com o qual sobrevivia.

Ele foi autuado em flagrante, por falsidade ideológica, pois também tinha consigo uma carteira de Padre, não reconhecida por nenhuma ordem, com a identificação de “Padre Ricardo Nassif”.

Como o crime é de menor potencial ofensivo, ele foi liberado e responderá o processo em liberdade, tendo que comparecer nas audiências marcadas ou por precatória.

Nota Oficial do Padre Gilberto Araújo Alvim:

Infelizmente fomos enganados por Wesley Ricardo que se passava como padre da arquidiocese de São Paulo. Descobrimos o fato no sábado pela manhã depois que postei algumas fotos tiradas pela Neusa na celebração da sexta-feira da paixão no face do “padre” Ricardo. Um sacerdote da referida arquidiocese entrou em contato com a Neusa por mensagem pedindo a ela que alertasse ao padre da paróquia, pois sem saber este estava acolhendo um falsário.

Neusa só conseguiu falar comigo pela manhã de sábado santo. Imediatamente telefonei para Pe. Ramyro de Laje do Muriaé e o alertei pedindo a ele que entrasse em contato com o padre da arquidiocese de São Paulo, pois este havia deixado um número de telefone para maiores esclarecimentos. Pe. Ramyro já havia tentado falar com o ordinariato militar do Brasil (ele dizia também ser capelão militar) e com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas por ser sábado santo estava difícil. Conseguiu então falar com o Pe. Márcio Leitão (Arquidiocese de São Paulo) sendo assim informado que não se tratava de padre e sim de um impostor que aplicava golpes em paróquias. Havia enganado bispos e padres.

Fomos ingênuos? Não. Apenas parecia ser realmente um padre católico, pois em seu face havia fotos do lado do Cardeal de São Paulo com quem havia concelebrado Missas. Procurei tratá-lo com normalidade sem que ele soubesse que já tinha sido desmascarado por mim e Pe. Ramyro. Almoçou comigo no sábado e depois um paroquiano gentilmente o levou para Laje do Muriaé onde Pe. Ramyro já o aguardava com a polícia. Avisamos ao bispo diocesano que nos orientou a entregá-lo a polícia. O episódio é muito triste para todas as paróquias onde ele passou aplicando golpes, pois nós padres que o acolhemos com fraternidade sacerdotal ficamos decepcionados com este estrago em plena semana santa.

E agora fica a pergunta: e as confissões atendidas por ele? Entrei em contato com o Sr. Bispo e este me disse que as pessoas foram ao confessionário com retidão e arrependimento sincero, logo Deus em sua infinita misericórdia acolhe e concede o perdão. Caso alguém que tenha se confessado com ele não se sinta bem pode me procurar que atenderei. Peço perdão a comunidade pelo transtorno causado.

Padre Gilberto Araújo Alvim – Pároco da Paróquia de Santo Antônio de Porciúncula

(*) Com informações da Rádio Itaperuna Gospel FM – Fotos: Facebook

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