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Condenados a 37 anos de prisão os acusados de queimar dentista em São Paulo

 
 

Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi queimada em seu consultório

Foram condenados nesta terça-feira (06/05), a 37 anos de prisão pela morte da dentista Cynthia Magaly Moutinho de Souza, que teve o corpo queimado durante um assalto ao seu consultório em São Bernardo do Campo, Victor Miguel Souza Silva e Thiago de Jesus Pereira. O crime aconteceu em 25 de abril de 2013. A sentença foi proferida pelo juiz Edegar de Sousa Castro, da 3ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo.

Um terceiro acusado, Jonatas Cassiano Araújo, foi condenado a 36 anos de prisão. Eles foram condenados pelos crimes de latrocínio, roubo, extorsão e formação de quadrilha, de acordo com o Ministério Público de São Paulo.

O magistrado acolheu as qualificadoras expostas na denúncia formulada pela promotora Patrícia Prado: motivo fútil, dissimulação de conduta e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima, bem como emprego de fogo. Na sentença, atribuiu aos condenados personalidade extremamente fria e insensível, uma vez que, no momento em que a vítima fatal ardia em chamas, nada fizeram para debelar o fogo, que se alastrou pela clínica odontológica.

O magistrado também ressaltou as gravíssimas consequências do latrocínio, cometido de forma brutal, além de destacar a tragédia familiar provocada pelo crime, uma vez que a dentista era quem sustentava os pais e a irmã, portadora de necessidades especiais. Os condenados não poderão recorrer em liberdade.

O crime

No início da tarde de 25 de abril de 2013, os três criminosos invadiram o consultório odontológico da dentista Cynthia Magaly Moutinho de Souza, na Rua Copacabana, e anunciaram o assalto. Como não encontraram dinheiro algum no local, eles jogaram álcool na vítima e atearam fogo. Os homens fugiram sem levar nada. A ação criminosa foi registrada pelas câmeras do circuito de segurança do consultório.

Na madrugada do dia 27 de abril, foram detidos, em uma favela de Diadema, cidade vizinha a São Bernardo, dois acusados de matar a dentista. Victor Miguel de Souza, então com 24 anos, estava dormindo quando os policiais o encontraram. O segundo preso, que pintou o cabelo quando soube que estava sendo procurado, foi Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos, que foi a uma loja de conveniência sacar os R$ 30 da conta da dentista. Um menor, de 17 anos, também acusado de participar do crime, foi apreendido no mesmo dia. Posteriormente, ele foi encaminhado à Fundação Casa.

Por último, Thiago de Jesus Pereira, de 25 anos, foi localizado na casa de parentes, em Itapevi, na Grande São Paulo, na madrugada do dia 29 de abril daquele ano.

(*) Com informações do G1

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