Polícia prende em Guarujá suspeito de participar de linchamento de mulher
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Nesta terça-feira (06/05) foi detido no 1º Distrito Policial de Guarujá, no Litoral Paulista, um dos suspeitos de terem participado do linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus. A Polícia Civil, informou que o homem foi identificado a partir das imagens feitas durante o ataque, no último sábado (03). Não foram divulgadas informações sobre o suspeito. A polícia ainda busca identificar outros agressores, a partir de análises das gravações.
Fabiane foi confundida com uma mulher que teria sequestrado crianças para praticar rituais de magia. O boato surgiu de uma publicação na página Guarujá Alerta, no Facebook, que publicou o retrato falado de uma suspeita de tentar abduzir uma criança, no Rio de Janeiro.
O responsável pela página que divulgou a notícia se apresentou espontaneamente à polícia hoje (6). Segundo o delegado Luís Ricardo Lara, o homem pediu sigilo sobre a sua identidade e o conteúdo do depoimento, porque sofreria ameaças. “Foi bastante esclarecedor [o depoimento]. Ele mostrou disposição em ajudar a polícia e a identificar as pessoas, permitiu que a polícia tenha acesso a todo o conteúdo publicado na página. Ele vai ajudar nas investigações”, disse o delegado.
O linchamento aconteceu no início da noite de sábado, na comunidade de Morrinhos, em Guarujá (SP). Fabiane foi amarrada e espancada até a chegada da Polícia Militar, que teve que fazer um cordão de isolamento para evitar que a população continuasse a agredir a dona de casa. Ela foi hospitalizada e morreu na manhã de ontem (5), dois dias após o ataque.
Protesto
Após o enterro de Fabiane Maria de Jesus, dezenas de amigos e familiares realizaram uma passeata no bairro Morrinhos. A população não quer que a imagem do local fique manchada por causa do crime brutal.
Maria José Dias era amiga da vitima há 25 anos e foi a última a ver Fabiane ainda com vida. “Ela foi buscar uma bíblia que tinha esquecido na igreja. Tinha pedido para que eu não esquecesse de rezar por ela. Ela estava bonita no sábado, tinha acabado de cortar e pintar o cabelo. Ela se despediu e disse que ia ao médico. A Fabiane nunca fez mal a ninguém. Tiraram o direito de uma bebê crescer ao lado da mãe. Isso não se faz. Essas pessoas chutaram uma mãe indefesa”, afirma.
Os manifestantes levaram faixas e cartazes com pedidos de justiça. “Minha maior revolta é que eles fizeram com que a imagem do meu bairro fosse destruída. Eles acabaram com a imagem das pessoas que moram aqui e que são honestas e de bem”, explica.
(*) Com informações da Agência Brasil e Agências
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