No Rio de Janeiro as investigações sobre a morte de Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, que morreu depois de ser atingida por um disparo na comunidade Congonha, em Madureira, zona norte do Rio, e ser arrastada por 350 metros por um carro da Polícia Militar durante transporte a hospital foram concluídas. Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na última sexta-feira (09/05). A morte da auxiliar de serviços gerais se deu durante operação policial do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda).

O tenente Rodrigo Boaventura e o sargento Zaqueu Pereira Bueno vão responder pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e fraude processual. Em depoimento, eles admitiram ter trocado tiros com traficantes no Morro da Congonha, no dia 16 de março, quando Cláudia foi ferida.

Já o cabo Gustavo Meirelles, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves vão responder por fraude processual. Os três últimos PMs estavam na viatura que transportou Cláudia da favela até o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Eles estão presos. Conforme o Estado noticiou em 18 de março, os subtenentes Adir Serrano e Rodney Archanjo constam como envolvidos em pelo menos 62 autos de resistência (registros de mortes de suspeitos em confronto com a polícia) desde 2000.

Quando a viatura passava pela Estrada Intendente Magalhães, a tampa do porta-malas abriu, e Cláudia ficou presa ao para-choque da viatura por um pedaço de roupa. A mulher foi arrastada pelo asfalto por um trecho de aproximadamente 350 metros e teve parte do corpo dilacerado. A cena foi gravada em vídeo por motorista que passava pelo local (vídeo abaixo).

Laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que Claudia morreu em decorrência do disparo e chegou morta ao hospital. Até as 13h30, a Polícia Civil não havia informado se os investigadores concluíram de onde partiu o tiro.

Vídeo mostra quando o carro da PM arrastou Cláudia

(*) Com informações do R7 e Agências

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