Prisão preventiva de indiciados pela morte de Bernardo é decretada pela Justiça
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Foi decretada na noite desta terça-feira (13/05) a prisão preventiva dos três indiciados pela Polícia Civil pela morte o menino Bernardo Boldrini, de 11 anos. O pai Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e a assistente social Edelvania Wirganovicz continuarão presos. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, que também levantou o sigilo do processo. Os três estavam em prisão temporária, e o prazo de 30 dias expiraria à meia-noite desta quarta-feira (14). Assim, a decisão de Agostini manteve o trio na prisão.
Bernardo foi encontrado morto no dia 14 de abril, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, no norte gaúcho, a cerca de 80 km de Três Passos, onde morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã. Ele estava desaparecido desde 4 de abril..
Já Evandro Wirganovicz, irmão da assistente social, cujo carro foi visto próximo ao local onde o corpo foi enterrado um dia antes do assassinato, não foi apontado pela polícia como autor do crime. Ele foi preso temporariamente no último sábado (10) e sua possível participação ainda é investigada.
O pedido havia sido feito pela Polícia Civil, e obteve um parecer favorável do Ministério Público. Em seu parecer, a Promotora de Justiça Dinamárcia Maciel numerou três fundamentos: a garantia da ordem pública, a importância para a conveniência da instrução criminal e o risco à aplicação da lei penal.
Conforme o TJ, o MP destacou a conduta “fria, premeditada, atroz e covarde”, dos indiciados ao cometerem o crime, e destacaram que algumas testemunhas mostraram medo de represálias. Além disso, foi abordado o risco de que eles fugissem do país.
A decisão judicial cita diversas provas citadas pela Polícia Civil durante a apresentação do inquérito na tarde desta terça-feira.
Ao sustentar a garantia da ordem pública, o juiz escreveu que o caso “causou uma intranquilidade social nunca vista nesta Comarca e até em nosso estado”. Em relação à conveniência da instrução criminal, Agostini destacou o receito de depoentes ao falar à polícia sobre o fato. “Várias testemunhas inquiridas na fase policial relataram o receio de represálias por parte dos representados, postulando que as declarações permanecessem em sigilo”, afirmou.
Em relação ao risco à aplicação da lei penal, o magistrado lembrou que os suspeitos tem condições financeiras, “por si ou familiares”, de deixar o país, “o que é facilitado pela proximidade desta comarca com a fronteira da República da Argentina”, afirmou.
Advogado diz que pai de Bernardo é inocente
O indiciamento do cirurgião Leandro Boldrini por participação como “mentor” do assassinato do filho Bernardo, de 11 anos, irritou o advogado do médico, Jader Marques. Logo depois da divulgação do inquérito pela Polícia Civil, Marques disse ter um documento comprovando que seu cliente se surpreendeu ao saber a criança foi morta pela madrasta e “investiu” contra ela, o que, segundo ele, sinaliza a inocência.
O documento referido por Jader é de uma oitiva que, segundo ele, foi realizada no dia 14 de abril, quando o corpo de Bernardo foi encontrado e os três indiciados foram presos. Ele garante que, na ocasião, Leandro não sabia que o filho havia sido assassinado.
A delegada Caroline reconhece que a conversa citada pelo advogado aconteceu, mas nega que ele tenha tentado agredir Graciele.
Entenda o caso
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
(*)Com informações do G1
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