Estado do Rio de Janeiro reduz em 97% os casos de dengue
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O Rio de Janeiro tem investido em ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. De janeiro a julho deste ano, o estado alcançou o menor índice de casos de dengue na história, registrando queda de 97% em comparação a 2013. Segundo a Secretaria de Saúde, durante as 28 semanas epidemiológicas deste ano, de 1º de janeiro a 12 de julho, foram notificados 6.035 casos suspeitos da doença no estado e cinco mortes. Em 2013, no mesmo período, foram registrados 212.231 casos e 39 óbitos. As notificações foram compiladas a partir de dados inseridos no sistema pelos municípios fluminenses.
De acordo com Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, a redução está relacionada a um conjunto de iniciativas. Desde 2008, quando houve a maior epidemia do Rio de Janeiro, novas ações foram implementadas para combater, prevenir, mapear e tratar a doença, o que ajuda no controle da dengue. Causas externas como um longo período de seca e a imunização da população também contribuíram para a queda de casos.
– O Rio de Janeiro sofreu com a epidemia de 2008. Hoje, o estado avançou muito e não temos como negar que o Rio é uma referência nacional no combate à dengue – disse Chieppe.
Entre os projetos implementados pela Secretaria de Saúde está o Monitora Dengue. A iniciativa consiste na distribuição de smartphones aos agentes municipais para fazer o preenchimento de informações sobre os locais visitados e a situação dos domicílios e, assim, georreferenciá-los. Lançado no ano passado, o programa permite com que os municípios consigam acompanhar em tempo real o trabalho dos agentes de endemia na busca por focos do mosquito transmissor.
– O Rio de Janeiro é o primeiro do país a utilizar em escala estadual um sistema de captação de dados em tempo real no combate à dengue. Essa inovação nos rendeu o Prêmio TI & Governo 2014, que escolhe anualmente as vinte melhores iniciativas da área da tecnologia da informação e comunicação criadas por instituições federais, estaduais e municipais – explicou o superintendente de Vigilância Epidemiológica.
Outra estratégia desenvolvidas no combate à dengue foi a criação do Prontuário Eletrônico, que auxilia os profissionais da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no atendimento a pessoas com a doença. Após inserir os dados do paciente no sistema, o programa avalia os sintomas e indica o melhor tratamento, e até aponta a necessidade de internação. Este método de avaliação também é utilizado em instituições que não estão informatizadas e por municípios, mas em forma de formulário. Também são desenvolvidas outras ações que contribuem para o melhor atendimento dos pacientes, como a capacitação de profissionais. Foram capacitados 523 profissionais entre 2013 e este ano.
Para prevenir novos casos, o Governo do Estado lançou em 2011 o programa 10 Minutos Contra Dengue. O projeto estimula a população a investir 10 minutos da semana eliminando possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra aproximadamente 80% dos focos.
Parceria com governo alemão – Um convênio de cooperação entre o Governo do Estado, o Instituto de Microbiologia da UFRJ e o Governo da Alemanha, por meio do Bernhard Nocht Institute, também está contribuindo para impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Agentes de Saúde capturam os insetos, que são levados para análise em laboratório, sendo contados e separados por espécie e gênero para caracterização viral. A análise desses dados vai permitir ainda a criação de modelos matemáticos precisos que possam antecipar futuros cenários de risco. A definição vai auxiliar gestores e profissionais de saúde na tomada de decisões para o controle da doença, atuando na prevenção de surtos e epidemias.
Neste primeiro momento, os mosquitos vêm sendo coletados nos locais onde serão realizados os Jogos Olímpicos e em seu entorno, além de UPAs próximas a esses locais. O Bernhard Nocht Institute está investindo 350 mil euros para subsidiar as pesquisas e estimular o intercâmbio de informações.
Depois de recolhidos, os mosquitos são enviados para o Laboratório Noel Nutels (Lacen), onde passam por triagem e são catalogados por gênero e espécie. Em seguida, as amostras são encaminhadas para o Instituto de Microbiologia da UFRJ, onde são analisadas em um equipamento chamado PCR em Tempo Real. O aparelho, doado pelo instituto alemão para a UFRJ, é capaz de detectar vários tipos de vírus e bactérias, informando ainda a quantidade de insetos infectados.
Além da dengue, a pesquisa pretende rastrear antecipadamente a entrada do vírus Chikungunya no estado. Transmitida também pelo Aedes aegypti, a doença tem sintomas semelhantes à dengue, porém, causa dores nos músculos e articulações que podem durar meses. Até o momento, a doença só tem sido notificada em turistas.
(*) Com informações da ASCOM da Secretaria de Estado de Saúde
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