Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, em Itapeuna, no Noroeste Fluminense receberam capacitação e treinamento sobre a febre chikungunya. O encontro foi realizado no auditório da Câmara Municipal e contou com as equipes da Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CVAS), Vigilância Epidemiológica (VE), além de agentes comunitários de Saúde e profissionais das unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

A capacitação e o treinamento desses profissionais fazem parte da Agenda Nacional de Intensificação, do Ministério da Saúde, sobre as medidas de controle que todos estados devem tomar, a partir de seus municípios, como prevenção e vigilância referente à febre chikungunya em suas regiões.

O secretário Municipal de Saúde, Marcelo Poeys, fez a abertura da capacitação. Ele deixou claro que a intenção da Secretaria de Saúde com o treinamento é de alertar os profissionais sobre a importância de eles estarem preparados para qualquer eventualidade. “Precisamos estar atentos, pois, em nossa região, historicamente já temos a presença do vetor Aedes aegypti, isso nos faz crer que exista a possibilidade de existir casos da doença. A coesão de todos neste momento, deve ser total. Temos que nos policiar e ficar atentos a qualquer mudança no aspecto epidemiológico, para que não haja a chance de haver uma exposição ao vírus”, ressalta o secretário.

O enfermeiro da VE, Vanilton Miranda, que há pouco tempo participou de um encontro entre técnicos do Ministério da Saúde sobre a entrada do vírus CHIKV (transmissor da febre chikungunya) também participou do treinamento. “Essa é uma doença endêmica do continente africano e asiático, porém, está distribuída pelo mundo e é transmitida pelos mosquitos do gênero Aedes, o mesmo mosquito que transmite a dengue. No Brasil já foram confirmados pelo Ministério da Saúde, entre setembro e novembro deste ano, um pouco mais de 1.000 casos. Mas, antes desses dados, os casos de chikungunya confirmados eram só de pacientes infectados durante viagens ao exterior”, explica o enfermeiro.

Vanilton também falou sobre o objetivo da capacitação. “Precisamos intensificar as atividades dos setores de vigilância e de seus agentes, pois, só com a atenção voltada às ações de prevenção e medidas sanitárias, poderemos controlar o vírus e um possível surto”, ressalta. Já a coordenadora da VE, Neide Novaes, orientou os agentes no sentido de que eles tenham suas ações de vigilância redobradas. “Caso seja necessário, devemos inclusive fazer busca ativa de casos suspeitos, para assim podermos emitir alertas as ESF e também articularmos ações de prevenção junto às comunidades”, destaca.

AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO

As ações de controle e prevenção contra a chikungunya em Itaperuna já estão sendo colocadas em prática, segundo a agente da Vigilância Ambiental em Saúde, Lucíola Chaves. “Os Agentes da Vigilância Ambiental estão orientados quanto aos procedimentos que deve ser realizados, caso ocorra algum caso ou suspeita da doença. A preparação para o enfrentamento da doença na Rede de Saúde, não cabe só ao treinamento de profissionais, a Educação em Saúde deve ser feita a cada dia e o comprometimento de cada agente, promovendo essas ações, será primordial para o controle do vírus”, diz.

Heron Macedo, coordenador da CVAS, disse que com a capacitação, as ações de controle do mosquito e a atenção à febre, serão intensificadas e investigadas pelos agentes. “A partir de agora, os profissionais capacitados terão uma visão mais aguçada quanto à situação clínica da doença. Agora, poderemos orientar melhor a população quanto ao quadro clínico da doença, para que assim ela tenha um atendimento satisfatório, assistência adequada e rápida, quando houver a suspeita da doença”, reforça Heron.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

O NICES (Núcleo de Informação, Comunicação, Educação em Saúde e Mobilização Social) vem trabalhando da mesma forma, como são realizados os trabalhos referentes à dengue. Algumas medidas e ações de controle estão sendo executadas, como a eliminação de depósitos contendo água, que é essencial para cessar a proliferação dos mosquitos transmissores.

As metas coordenadas pela CVAS, de intensificação das atividades de vigilância, tem grande poder de prevenção, porém, se não houver a conscientização da população quanto aos perigos de um surto da doença, todas essas medidas desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde serão em vão.

O QUE É A FEBRE CHIKUNGUNYA

A febre chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue. (Ministério da Saúde).

CUIDADOS

Para evitar a transmissão do vírus é fundamental que as pessoas reforcem as ações para a eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja:

• Verificar se a caixa d’ água está bem fechada;

• Não acumular vasilhames no quintal;

• Verificar se as calhas não estão entupidas;

• Colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.

(*) Com Informações do NICES | Edição: Departamento de Comunicação – Prefeitura de Itaperuna – Fotos: Marcelo Nunes

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