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Companheira de Dilma na prisão comparece à posse da presidente

 
 

Ieda de Seixas

Mais de 40 anos depois, Ieda de Seixas é grata à recém-empossada presidente Dilma Rousseff por um momento dolorosamente inesquecível em sua vida: ao lado da mãe e da irmã, foi presa durante a ditadura militar. “Quando cheguei ao Presídio Tiradentes, a primeira pessoa que me recebeu foi a Dilma. Foi uma recepção calorosa, para quem tinha vindo do Dops [Departamento de Ordem Política e Social], do Doi-CODI [Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna] e todo aquele clima de monstruosidade, foi um aconchego o abraço dela. Coisa de mãe, embora ela tenha a mesma idade que eu. Mas a gente se sentiu acarinhada”.

Após ser recebida por Dilma, em 1971, Ieda ficou presa durante um ano e meio. Seu irmão, preso aos 16 anos, viu o pai falecer após dois dias de tortura. Ela conta que a mãe teve um enfarto na prisão e só recebeu assistência dos médicos que estavam presos porque a “repressão disse que era para deixar morrer”.

Participando da posse de Dilma mais uma vez, após quatro anos, e ao lado de amigas da presidente que aguardam sua chegada no Palácio do Planalto para a continuação da cerimônia, Ieda embarga a voz para falar. “Tenho muito orgulho de conhecê-la, de ser brasileira, e a minha geração subiu a rampa. Então é muita emoção, indescritível”, diz.

Aos 67 anos e morando em São Paulo, Ieda conta que hoje em dia não se encontra com Dilma, mas que mantinha proximidade com ela quando morava em Porto Alegre. “Hoje [a maneira] como ela se mostra é como se mostrava na prisão, generosa, amiga e muito séria. Mas não é sisuda, ela faz piada de tudo, é uma pessoa extremamente bem-humorada”, revelou.

(*) Com informações da Agência Brasil

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