Seguindo a receita de Marta Suplicy, PT quer mudar para não acabar
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Depois que a senadora Marta Suplicy (PT-SP) abriu a boca e disparou contra a própria sigla que faz parte os mandachuvas do PT resolveram agir rapidamente. A necessidade urgente de mudança, porém, é quase unanimidade entre os dirigentes desde a eleição do ano passado, quando ficou claro internamente que o modelo criado 35 anos atrás está obsoleto.
Diante da onda antipetista que por pouco não custou à legenda o controle do governo federal, o partido da presidente Dilma Rousseff vai dedicar este semestre a reformulações e autocríticas, em processo liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Do aniversário de 35 anos da sigla, que será comemorado no dia 6 de fevereiro em Belo Horizonte, até junho, quando será realizada a segunda etapa do 5.º Congresso Nacional do PT, em Salvador, o partido vai realizar uma série de debates e discussões com três objetivos estratégicos: reaproximar-se dos movimentos sociais, flexibilizar a estrutura partidária e, principalmente, pensar em medidas para recuperar a imagem do partido, desgastada por sucessivos escândalos de corrupção. “Houve um desvio de rota. Temos que retomar o rumo original”, admite o secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.
Não filiados. As correções de rumos não são novidade na história do PT. A diferença desta vez é que o partido vai recorrer a pessoas de fora para ajudar no processo de autocrítica. O diretório nacional aprovou a inédita participação de não filiados no Congresso, a instância máxima partidária. Alguns dirigentes, no entanto, vão além.
“Podemos fazer convites pontuais a jornalistas, economistas, gente da academia, de preferência críticos ao PT, para ajudar nesta reflexão”, sugere o secretário-geral petista, Geraldo Magela.
A abertura da estrutura partidária, hoje engessada pela eterna disputa entre as correntes internas, é uma das maiores preocupações de Lula. No fim do ano passado, o ex-presidente reclamou do perfil essencialmente burocrático da atual direção petista, acentuada a partir da chegada do partido ao governo federal, em 2003.
A ideia é criar mecanismos online que possibilitem a participação na vida partidária de governadores, ministros, prefeitos e parlamentares, hoje dedicados exclusivamente às suas tarefas de Estado. Pessoas próximas a Lula, como o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Luiz Dulci e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, devem ficar mais presentes no partido.
Setoriais de cultura e economia podem ser criados para atrair artistas e acadêmicos. Por meio das redes sociais, o PT quer diversificar sua agenda incluindo temas como a questão de gênero, mobilidade urbana e meio ambiente para atrair a juventude que aderiu espontaneamente à campanha de Dilma.
A maior preocupação, no entanto, será o combate interno à corrupção. A obrigatoriedade de contribuições financeiras dos filiados deve cair. No fim de 2014, o PT aprovou uma nova regra que agiliza os processos de punição a corruptos. A expectativa é de um expurgo nos quadros partidários.
(*) Com informações do MSN
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