Brasil passa da 6ª para a 3ª posição em ranking de maior custo de energia para a indústria
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O custo médio da energia elétrica para a indústria brasileira subiu 23,4% e hoje é de R$ 498,30 por MWh. O aumento ocorreu após a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de 58 distribuidoras, autorizada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com isso, o Brasil passa da 6ª para a 3ª posição em ranking que contempla 28 países, atrás apenas da Índia e da Itália.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 6, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), através do site “Quanto custa a energia elétrica para a indústria do Brasil?” (www.firjan.org.br/quantocusta).
Entre os estados, os maiores aumentos ocorreram no Mato Grosso do Sul (47,8%), após a revisão da Enersul; no Paraná (36,8%), por conta da revisão da Forcel, da CFLO, da Copel e da Cocel; e no Rio Grande do Sul (35,1%), após a revisão das distribuidoras Eletrocar, Demei, Uhenpal, AES Sul, Hidropan, RGE, MUX – Energia e CEEE.
No Rio de Janeiro, o aumento no custo médio industrial foi de 16,2%, após a revisão da Light e da Energisa Nova Friburgo; e em São Paulo o reajuste foi de 26,3%, com a revisão da CNEE, EEB, Caiuá, EDEVP, Eletropaulo, CPFL Paulista, Elektro, CPFL Piratininga, CPFL Leste Paulista, CPFL Jaguari, Bandeirante, CPFL Santa Cruz, CPFL Mococa e CPFL Sul Paulista. No ranking estadual, as primeiras posições ficaram com Mato Grosso (R$ 603,80/MWh), Espírito Santo (R$ 603,30/MWh) e Goiás (R$ 581,50/MWh).
Impacto foi maior para indústrias do Sul, Sudeste e Centro-Oeste
Grande parte do aumento autorizado na revisão extraordinária refere-se à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) que, devido a sua forma de distribuição definida em lei, teve alocação média 4,5 vezes maior às indústrias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em comparação às dos estados do Nordeste e do Norte.
Como resultado, o aumento médio do custo da energia para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste – que concentram 85% da produção industrial do país – foi de R$ 28,5%, contra apenas 5,3% nas regiões Norte e Nordeste.
O Sistema FIRJAN defende o reequilíbrio na alocação da CDE entre todos os consumidores. De acordo com o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Federação, Cristiano Prado, a natureza da CDE foi alterada, deixando de ter a finalidade majoritariamente social que justificava sua alocação desbalanceada, passando a ser uma conta para eliminar desequilíbrios do setor elétrico, de responsabilidade de toda a nação.
“Assim sendo, ela deveria ser dividida igualmente por todos os consumidores, e não penalizar as regiões que concentram a produção industrial brasileira. Em um momento de elevação extrema do custo da energia para a indústria no Brasil, qualquer redução que se consiga alcançar respeitando a racionalidade econômica será um diferencial para a competitividade do país, com reflexos positivos para a criação de emprego e renda nesse e nos próximos anos”, ressalta Cristiano Prado.
Veja a variação em cada estado:
UF | Custo com tributo antes da revisão (R$/MWh) | Custo com tributo após a revisão (R$/MWh) | Variação |
MS | 337,90 | 499,25 | 47,8% |
PR | 420,56 | 575,13 | 36,8% |
RS | 381,62 | 515,54 | 35,1% |
GO | 450,05 | 581,55 | 29,2% |
MT | 468,71 | 603,84 | 28,8% |
AC | 346,03 | 443,28 | 28,1% |
MG | 388,07 | 495,98 | 27,8% |
SP | 383,67 | 484,51 | 26,3% |
ES | 481,36 | 603,31 | 25,3% |
DF | 341,88 | 424,33 | 24,1% |
SC | 462,71 | 569,80 | 23,1% |
RO | 399,98 | 476,10 | 19,0% |
RJ | 460,82 | 535,62 | 16,2% |
CE | 374,04 | 421,01 | 12,6% |
SE | 340,43 | 372,26 | 9,3% |
BA | 336,26 | 355,38 | 5,7% |
TO | 484,99 | 509,78 | 5,1% |
PB | 418,65 | 439,61 | 5,0% |
AL | 400,26 | 418,27 | 4,5% |
PA | 548,88 | 572,20 | 4,2% |
PI | 419,91 | 437,67 | 4,2% |
MA | 487,34 | 506,13 | 3,9% |
RN | 357,11 | 368,17 | 3,1% |
PE | 424,93 | 433,49 | 2,0% |
AP* | 324,65 | 324,65 | 0,0% |
RR* | 326,44 | 326,44 | 0,0% |
AM* | 383,83 | 383,83 | 0,0% |
*Os estados do Amapá, Roraima e Amazonas não têm distribuidoras que participaram da Revisão Tarifária Extraordinária.
(*) Com informações da ASCOM/FIRJAN
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