Pesquisadores que trabalharam em Itaperuna realizam reprodução de peixes em laboratório
Uma equipe de pesquisadores do interior de São Paulo, que já ministraram cursos em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, estão testando a técnica de reprodução humana conhecida como barriga de aluguel em peixes. Os profissionais em 2001 trabalharam junto com a Secretaria do Meio Ambiente de Itaperuna, na época dirigida por João Paulo Tinoco, que trouxe para os itaperunenses e profissionais da região um curso de ponta na área de preservação ambiental e de produção de peixes em cativeiro.
“Foi um bom tempo em que pudemos ajudar alguns profissionais a se prepararem para com projetos importantes na área ambiental e um deles foi esse curso que tinha como objetivo o trabalho de repovoamento do Rio Muriaé”, informou João Paulo Tinoco.
Os pesquisadores retornaram em 2012, e com o apoio de João Paulo Tinoco, conseguiram capturar algumas espécies da bacia do Rio Muriaé e de muitas outras importantes bacias do país, que estão em extinção, para fazer a reprodução em cativeiros para o devido repovoamento.
O estudo é inédito no Brasil é uma grande aposta para salvar as espécies ameaçadas. Sabe aquela expressão barriga de aluguel? Não é mais exclusividade dos humanos, não. Filhotes de lambari são os primeiros peixes nascidos no Brasil com a mesma técnica de reprodução. Foram cinco anos de estudo.
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Em Pirassununga, os pesquisadores do Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, misturaram óvulos e espermatozoides de peixes adultos, que formaram ovinhos. Depois, injetaram células embrionárias de uma espécie diferente nos mesmos ovos. Os novos peixes passaram a produzir espermatozoides e óvulos com as características da espécie introduzida.
“Nós conseguimos fazer um lambari de rabo amarelo produzir espermatozoides e óvulos de um lambari do rabo vermelho. Então, o próximo passo é a gente aperfeiçoar essa técnica para espécies ameaçadas de extinção”, diz o pesquisador George Yasui.
É a grande aposta dos pesquisadores. Mais de 400 espécies de peixes estão ameaçadas em todo país, nove só na bacia do Rio Doce, atingida pela lama em Minas Gerais. Uma dessas espécies foi levada para o laboratório. É o curimbatá. Em breve, ele também vai ser reproduzido na barriga de outra espécie.
A ideia é introduzir as células embrionárias do peixe ameaçado num embrião de lambari, que se reproduz mais vezes que o curimbatá. “Enquanto a gente demora de três a quatro anos para uma espécie entrar na primeira maturação e produzir seus primeiros peixinhos, o lambari com quatro meses já está produzindo os peixinhos de outra espécie. É uma esperança não só de cunho ambiental, recuperar espécie, como também do cunho de vista social: o peixe é o recurso pesqueiro”, explica o pesquisador José Senhorini.
(*) Com informações do JN e Edição e fotos da Rádio Itaperuna Gospel FM
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