Soro contra veneno de abelhas inédito no mundo começa a ser testado em humanos


Vítima de pelo menos 400 picadas de abelhas, uma mulher de 33 anos foi a primeira paciente a receber o soro antiapílico (contra o veneno de abelhas) produzido pelo Instituto Vital Brazil, em parceria com o Centro de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista de Botucatu (Cevap/Unesp). A paciente foi atendida no Hospital da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP) e recebeu seis ampolas do soro. Ela não apresentou reações adversas e recebeu alta dias após a internação.
Desde o início de agosto, o medicamento está em fase de testes para a liberação para o consumo humano: além da unidade de Botucatu, o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão (SC) também recebeu as ampolas e, assim como a unidade de SP, prestará atendimento a pacientes que tenham sido acometidos por múltiplas picadas.
– Projetos como este mostram como a inovação científica deve servir à população. O pioneirismo deste trabalho reforça a intenção da nossa gestão de fazer do IVB um laboratório sustentável, que utilize o conhecimento e a ciência em prol da saúde, principalmente, quando pensamos na produção de medicamentos – destaca Luiz Antônio Teixeira Jr, secretário de Estado de Saúde.
Nesta fase, que é o chamado estudo clínico, o soro precisa ser testado em pelo menos 20 pessoas antes de o medicamento ser liberado para consumo. O tratamento com o soro consiste na utilização de 2 a 10 ampolas, variando de acordo com o quadro clínico dos pacientes. Para participar do teste, é preciso ter entre 18 e 60 anos, não estar grávida e ter sofrido mais de cinco picadas de abelha.
– Este é um passo muito importante para a ciência. É para este tipo de resultado que estamos trabalhando: esta é a verdadeira vocação do IVB, produzir conhecimento e inovação para servir às pessoas. A estimativa é que, em aproximadamente dois anos, o soro antiapílico esteja liberado para produção em escala industrial – explica o infectologista e presidente do Instituto Vital Brazil, Edimilson Migowski.
Somente em 2015, o Brasil registrou quase 12 mil acidentes com envenenamento por abelhas, com 42 óbitos. O número é 14 vezes maior do que o total de notificações no ano 2000, quando foram 1.440 acidentes, de acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A maior incidência de acidentes está concentrada na região sul do país.
– Proporcionalmente, é muito parecido com os casos de óbitos com picadas de serpentes, que registram cerca de 120 mortes para aproximadamente 30 mil acidentes – compara Rafael Cisne, diretor científico do Instituto.
O Instituto – O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.
(*) Com informações Assessoria de Imprensa Comunicação Social Secretaria de Estado de Saúde
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