RJ registra quase 10 mil casos de roubo de cargas em 2016, diz FIRJAN
O estado do Rio registrou 9.862 casos de roubo de cargas em 2016, o terceiro recorde consecutivo em 25 anos. De acordo com o estudo “O impacto econômico do roubo de cargas no estado do Rio de Janeiro”, divulgado pelo Sistema FIRJAN nesta quinta-feira, dia 16, o prejuízo chegou a R$ 619 milhões.
Das 139 delegacias da Polícia Civil no estado, 12 concentram mais da metade das ocorrências. O Sistema FIRJAN ressalta que estes locais ficam no entorno das principais rodovias (Avenida Brasil, BR-040, BR-101-Norte e BR-116) e possuem trechos dominados pelo crime organizado, notadamente o tráfico de drogas.
De 2011 a 2016, foram mais de 33,2 mil ocorrências – uma a cada 1h35. De acordo com a análise da Federação das Indústrias, elaborada com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), o aumento foi de 220,9% no período, com prejuízo de R$ 2,1 bilhões. A Região Metropolitana concentrou 94,8% do total estadual (31,5 mil).
O avanço nestes seis anos foi mais acentuado na Baixada, na capital e no Noroeste Fluminense. Em Guapimirim, o crescimento foi de 2.600%. Japeri teve aumento de 1.700%, Mesquita de 1.031% e Itaguaí de 1.000%.
Para a Federação, o roubo de cargas afeta negativamente o setor produtivo, elevando os custos relativos ao frete e gerando perda de competitividade, e também para a sociedade, por conta do aumento do preço final das mercadorias. A Federação destaca ainda que regiões com grande incidência passam a ser evitadas e a população local enfrenta o risco de desabastecimento ou de se tornar refém do crime organizado, que controla o comércio local.
No Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, lançado pelo Sistema FIRJAN no ano passado, o combate ao roubo de cargas é apontado como uma das prioridades. Por isso, a Federação sugere uma série de ações que precisam ser implementadas simultaneamente.
Entre elas estão o aumento do efetivo policial nas áreas de maior incidência e a adoção de modelo de “Dação em Pagamento”, que pode permitir que empresas inscritas na dívida ativa do estado realizem pagamentos através da dação de equipamentos e da realização de serviços destinados a garantir o bom funcionamento das forças policiais.
O aumento da punição aos crimes de receptação, armazenamento e venda de produtos roubados através da cassação da inscrição no CNPJ e no cadastro de contribuintes do ICMS também está entre as sugestões apontadas pelo Sistema FIRJAN.
Leia Mais Notícias Clicando Aqui
Compartilhe esta notícia com um amigo
Related News
36º BPM com sede em Pádua se destaca com ações de combate a marginalidade em 2018
O 36º BPM, com que tem a sua sede em Santo Antônio de Pádua, noRead More
Duas pessoas ficam feridas em acidente na BR-356
O motorista de um Ford EcoSport de Macaé/RJ perdeu o controle do veículo no kmRead More
Comments are Closed