Será realizada na manhã desta sexta-feira (08/07) a reconstituição dos eventos que culminou com a morte do menino Juan de Moraes, de 11 anos. A Polícia Civil estará trabalhando na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os policiais militares suspeitos de envolvimento no caso participarão da simulação. Outros oito PMs e dez testemunhas participarão dos trabalhos.

Segundo os investigadores, é possivel que após a ação já seja possível ter provas para elucidar o caso. Uma área em um raio de 18 quilômetros entre o local da suposta troca de tiros entre os policiais e traficantes e o Rio Botas, onde o corpo da criança foi achado, será percorrida.

Sepultamento ocorreu na quinta-feira (07/07)

O sepultamento do menino Juan de Moraes, de 11 anos, que inicialmente aconteceria na manhã desta sexta-feira, foi antecipado. Ele foi enterrado na noite de quinta-feira, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), sob forte esquema de segurança. A Polícia Rodoviária Federal foi acionada para fazer escolta da família. O motivo da antecipação do enterro foi por causa de segurança.

PMs afastados
Após a confirmação da morte de Juan, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, decidiu afastar do Batalhão de Mesquita (20º BPM) os quatro policias investigados pelo desaparecimento do menino. Os PMs agora passam a ficar à disposição da DGP (Diretoria Geral de Pessoal), uma espécie de “geladeira” da corporação, onde vão permanecer até o fim das investigações.

Ainda segundo o comandante-geral da PM, caso se comprove o envolvimento deles na morte de Juan, todos serão expulsos da corporação.

– Se ficar provado que eles tiveram participação no sumiço do menino, os quatro serão expulsos.

O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, decretou nesta quarta-feira a quebra do sigilo telefônico de oito policiais do 20º BPM, suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Juan. O grupo participou da operação na favela do Danon, onde Juan desapareceu.

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