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Caso Juan: Laudo conclui que apenas um PM atirou


Laudo conclui que apenas um PM atirou
Laudo conclui que apenas um PM atirou

O laudo de confronto balístico do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), da Polícia Civil, concluiu que todas as cápsulas encontradas no beco onde o menino Juan caiu baleado foram disparadas pelo fuzil usado por um cabo, então lotado no Batalhão de Mesquita (20º BPM), na Baixada Fluminense. O mesmo policial está ainda envolvido em 13 autos de resistência (mortes de civis durante supostos confrontos com a polícia).

Atualmente, os dois jovens e suas famílias estão incluídos no programa de proteção a testemunhas.

Os restos mortais do menino foram encontrados no Rio Botas, em Belfort Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 30 de junho. Na ocasião, uma das peritas disse que o corpo era de uma menina e descartou que fosse de Juan. Um exame de DNA confirmou que o corpo é de Juan.

Nesta semana, a Justiça autorizou a quebra de sigilo dos dados de mais duas linhas telefônica de policiais militares suspeitos de envolvimento.

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, delegado Sérgio Henriques, não foi possível determinar a causa da morte de Juan. O laudo do exame cadavérico não apontou sinais de fratura ou perfuração por tiro na ossada da criança.

Juan teria sido baleado no pescoço, de acordo com testemunhas. Apesar de a perícia não conseguir determinar a parte do corpo em que o menino teria sido baleado, o fato de não haver fratura pode indicar que Juan tenha mesmo sido ferido no pescoço, uma vez que se trata de uma região com mais músculos e poucos ossos.

Investigadores suspeitam de PMs, enquanto miltiares culpam traficantes

As investigações para apurar quem matou o menino Juan de Moraes, de 11 anos, estão colocando em lados opostos as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. As duas instituições defendem versões diferentes para o mesmo crime. A criança desapareceu no dia 20 após um tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De um lado, a investigação da Polícia Civil suspeita que os policiais do Batalhão de Mesquita (20º BPM) teriam matado Juan, durante suposta troca de tiros e, em seguida ocultado o corpo do menino porque não teriam como justificar sua morte como mais um auto de resistência — mortes de civis durante supostos confrontos com a polícia —, já que se tratava de uma criança de apenas 11 anos e que não tinha nenhuma suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.

Já de acordo com a investigação da PM, que abriu sindicância para apurar o caso, Juan teria sido morto por traficantes da comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde morava. O motivo do crime, segundo a PM, teria sido porque, durante a operação, os policiais teriam surpreendido ainda dormindo um traficante da comunidade identificado como Igor de Souza Afonso, de 17 anos, e o irmão de Juan, Wesley, de 14 anos. O traficante teria reagido e acabou morto. Irritados com o “vacilo dos subordinados”, chefes do tráfico local teriam matado Juan como vingança. O irmão dele e o amigo, Wanderson dos Santos de Assis, 19 amos, ficaram feridos, mas conseguiram escapar.









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