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Sequestro de ônibus no centro do Rio deixa três presos e seis feridos


Sequestro de ônibus no centro do Rio deixa três presos e seis feridos
Sequestro de ônibus no centro do Rio deixa três presos e seis feridos

O sequestro de um ônibus da linha Praça 15-Duque de Caxias deixou o centro do rio de Janeiro tenso na noite desta terça-feira. Reféns relataram momentos de pânico. Ao menos seis pessoas foram feridas a tiros – uma delas é um dos suspeitos – na tentativa de assalto que acabou com 20 passageiros reféns no coletivo e três suspeitos presos.

A delegada da Delegacia da Cidade Nova (6ª DP), Gisele Rosemberg, informou que já identificou o quarto suspeito de participar do sequestro ao ônibus. Ela vai pedir a prisão preventiva do homem nesta quarta-feira (10).

Reféns relataram momentos de pânico. Ao menos seis pessoas foram feridas a tiros – uma delas é um dos suspeitos – na tentativa de assalto que acabou com 20 passageiros reféns no coletivo e três suspeitos presos.

Após prestar depoimentos à Polícia Civil, testemunhas relataram que os tiros partiram do lado de fora do ônibus. Segundo a ambulante Mara dos Santos, de 52 anos, durante a ação, os bandidos não efetuaram disparos.

– Os tiros vieram do lado de fora. Os bandidos não atiraram. Foi aterrorizante.

Ela deu a declaração na 6ª DP após prestar depoimento à polícia. Mara contou que três pessoas estavam feridas a bala dentro do ônibus e que os bandidos tinham uma granada.

A passageira Kátia Andrade confirmou a versão de Mara ao dizer que os disparos partiram do lado de fora do ônibus.

– Eu acredito que os policiais atiraram na tentativa de parar o ônibus.

A delegada Gisele Rosemberg contou que nenhuma testemunha ouvida disse que os tiros partiram de dentro do ônibus. Segundo ela, isso está sob perícia.

Policiais desconfiaram de que algo estava errado no ônibus, quando o motorista parou em meio à avenida Presidente Vargas (centro) e ligou o pisca alerta. Um PM tentou entrar no coletivo e um dos suspeitos fugiu, usando um dos reféns como escudo humano.

Em uma tentativa de fuga, os outros dois criminosos que ficaram no ônibus obrigaram um passageiro a dirigir o ônibus. Policiais fizeram barreiras e, quando o ônibus parou, PMs furaram os pneus com tiros e fizeram o cerco.

Cerca de uma hora após o início das negociações, conduzidas por policiais do Bope, os assaltantes se entregaram e os reféns foram liberados. Vítimas relataram que os criminosos ameaçaram explodir o ônibus com uma granada.

O ônibus foi levado ao 6º DP após a tentativa de assalto. Lá, o R7 viu ao menos dois buracos de bala na lateral do coletivo – um entre o banco do motorista e a primeira fileira de passageiros e outro mais no final do ônibus (ambos na lateral esquerda). Na altura dos pneus, a reportagem contou cerca de sete tiros. Não foram verificadas janelas quebradas ou perfuradas a bala.

Perseguição

Um policial militar revelou uma perseguição cinematográfica ao terceiro suspeito detido na madrugada desta quarta-feira (10) após dar entrada em um hospital de Copacabana. Segundo o cabo Assafim, o criminoso que conseguiu fugir durante o sequestro ao ônibus atirou contra carros que transitavam na avenida Presidente Vargas e usou um dos reféns como escudo humano. O objetivo dele era fazer com que um dos veículos parasse. O suspeito conseguiu tomar um Meriva preto.

Um dos sequestradores presos
Um dos sequestradores presos

Um casal que estava nesse carro foi levado durante a fuga. O PM informou que policiais usaram um Fiesta abandonado durante o tiroteio para perseguir o suspeito. Quando o carro parou na comunidade Mandela, na zona norte, o suspeito correu para dentro da favela, deixando o casal que não se feriu. Mais tarde, ele deu entrada no Hospital São Lucas, quando foi detido, segundo a delegada da 6ª DP.

Durante a madrugada desta quarta, outros dois suspeitos foram apresentados à imprensa pela Polícia Civil.

Outro lado

A assessoria da PM se manifestou sobre a declaração dos reféns. Em resposta, a PM enviou nota em que não responde diretamente aos depoimentos.

Segundo a PM, o comandante-geral, coronel Mário Sérgio Duarte, esteve na noite de terça-feira no local da ocorrência e acompanhou a finalização da negociação feita pelo comandante do Bope, tenente-coronel Willian René. A nota faz um breve relato da tentativa de assalto seguida do sequestro do ônibus.

A corporação informa que Mário Sérgio parabenizou os envolvidos no resgate dos reféns. “A operação de resgate foi um sucesso, e a negociação foi muito bem coordenada, com participação de várias unidades da PM, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros”, disse o comandante, segundo a nota.

* Com informações do R7









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