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Polícia do Rio já tem 12 suspeitos da morte da juíza em Niterói


Morte de Patrícia Acioli, Rapidez na apuração e punição dos culpados da morte da juíza Patrícia Acioli podem impedir outros crimes, diz ministra
Morte de Patrícia Acioli, Rapidez na apuração e punição dos culpados da morte da juíza Patrícia Acioli podem impedir outros crimes, diz ministra

Até o momento, 18 pessoas foram ouvidas no inquérito sobre o primeiro caso de execução de um juíz da história do Estado do Rio. Companheiro de Patrícia, o policial militar Marcelo Poubel, prestou depoimento durante mais de seis horas na DH na última sexta-feira. Cerca de 20 policiais civis estão nas ruas procurando pistas dos assassinos da magistrada.

Após participar de uma reunião com a chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, e o secretário de Segurança, Mariano Beltrame, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Nelson Calandra, adiantou neste sábado que as autoridades fluminenses já trabalham com uma lista de 12 suspeitos iniciais para o assassinato da juíza Patrícia Acioli. Sem entrar em detalhes para não atrapalhar as apurações, ele ressaltou que o foco da investigação recai principalmente sobre pessoas condenadas por Patrícia, que ainda não foram presas.

Rapidez na apuração e punição dos culpados da morte da juíza Patrícia Acioli podem impedir outros crimes, diz ministra

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, disse que só a agilidade em investigar, julgar e punir os responsáveis pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, é o que poderá impedir que crimes como esse continuem a ocorrer. “Ela não foi a primeira e gostaria muito que fosse a última, que nós não tivéssemos mais esse tipo de impunidade que estimula o crime organizado a assassinar as pessoas que buscam fazer justiça e fazer a lei.”

Patrícia Acioli foi assassinada na madrugada de sexta-feira (12), ao chegar de carro, sozinha, ao condomínio onde morava, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Testemunhas contaram que homens armados com pistolas estavam em dois carros e duas motos e atiraram no carro da juíza, que morreu na hora. De acordo com a polícia, foram disparados 21 tiros.

Iriny disse que, hoje pela manhã, tentou falar com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para pedir agilidade e precisão nas apurações. “Vamos solicitar um empenho, uma rapidez do tribunal na apuração dos fatos e na punição exemplar. A juíza era uma defensora dos direitos humanos, no sentido que ela julgava casos relacionados a grupos de extermínio no Rio de Janeiro”, disse. Patrícia Acioli era conhecida por combater milícias e máfias que atuam na atividade de transporte clandestino em São Gonçalo.

A ministra, que chegou a passar seis anos sob escolta da Polícia Federal, devido à sua atividade no enfrentamento do crime organizado no Espírito Santo, lembrou que, muitas vezes, a proteção policial pode não ser eficiente para evitar as mortes de defensores dos direitos humanos. “Essa escolta só será eficaz se tivermos identificação, julgamento dentro da lei, com rapidez dos executores e dos mandantes.”

Iriny enfatizou que aceitar a proteção inclui restrições ao cotidiano dos protegidos por escoltas que, às vezes, são difíceis de serem aceitas por quem está sob proteção. “O Estado precisa garantir a integridade física e os ameaçados têm de desejar e acolher e acatar as regras de segurança”. A ministra completou que “é importante ter escolta, mas é preciso ter métodos de inteligência. É preciso o desenvolvimento científico inteligente de proteção da pessoa ameaçada”.









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