Tribunal Regional do Trabalho julga a Greve dos funcionários da Obra do Maracanã

Nesta sexta-feira (16/09) o Tribunal Regional do Trabalho estará julgando a greve dos 2.100 funcionários do Maracanã, que estão em parados há 16 dias. Os funcionários pela manhã se deslocaram em ônibus até a sede TRT, no centro, onde estarão aguardando a audiência de julgamento que acontecerá às 14h. O advogado do Consórcio Maracanã Rio 2014, no entanto informou que vai pedir o cancelamento da audiência porque não teve acesso ao processo.
Para Nilson Duarte Costa, presidente do Sindicato dos Construtores da Indústria Pesada, todas as reivindicações já foram feitas e a expectativa é que tudo se resolva o mais rápido possível.
– Fizemos a nossa defesa, pedimos tudo o que queríamos e demonstramos o porquê de cada uma de nossas reivindicações. Temos que aguardar. Espero que tudo termine bem e a obra volte a funcionar.
O Consórcio Maracanã Rio 2014 informou por meio de sua assessoria de imprensa que todos os ítens acordados no dia 21 de agosto com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro estão sendo cumpridos, sendo os principais: o aumento, a partir de 1º de setembro, do valor da cesta básica de R$ 110 para R$ 160, plano de saúde individual e abono dos dias parados. Segundo o consórcio, todos esses itens foram homologados durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho, realizada no dia 22 de agosto. Os operários, no entanto, negam o cumprimento do acordo citado acima e por isso continuam de braços cruzados por tempo indeterminado.
Falta de segurança
No último mês, um funcionário ficou ferido e teve que ser levado às pressas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, após um acidente com um galão de combustível, como lembra um operário.
– O galão estava vazio e o certo é não reutilizar, mas o encarregado pediu para que o funcionário o cortasse ao meio. Quando ele estava fazendo isso o galão explodiu e ele ficou gravemente ferido. Não podemos trabalhar assim. Essa situação causou esse acidente, mas nas condições que trabalhamos pode acontecer até algo pior.
Os funcionários chegaram a ficar parados por cerca de dez dias, mas, após um acordo com o consórcio responsável pela reforma do estádio, voltaram ao trabalho. Após não receberem o acertado no início do mês, voltaram a entrar em greve.
Greve também no Mineirão
Pela segunda vez desde o início dos trabalhos, os operários da reforma do Mineirão entraram em greve. Eles voltaram a paralisar as atividades nesta quinta-feira (15), em Belo Horizonte, prometendo cobrar nesta sexta-feira melhores salários e condições de trabalho pessoalmente à presidente Dilma Rousseff.
Segundo a Secopa (Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo), o que existe é uma tentativa de paralisação, mas há funcionários trabalhando.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte, Osmir Venuto, confirmou, porém, que os trabalhadores realmente entraram em greve e estão reivindicando melhores salários e condições de trabalho.
Os operários chegaram no começo da manhã de quinta ao Mineirão e não iniciaram os trabalhos previstos, permanecendo em frente ao estádio pacificamente, de acordo com Venuto. Participam da obra cerca de 1.100 trabalhadores, segundo o sindicato.
Além de aumento nos salários, os operários reivindicam aumento no vale-refeição, plano de saúde também para os familiares e melhorias nos banheiros e chuveiros da obra. Segundo Venuto, eles pretendem entregar nesta sexta à presidente Dilma Rousseff um relatório com suas denúncias e reivindicações.
(*) Com informações do R7
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