A pesca predatória tem sido uma das formas nocivas para o impedimento da desova dos peixes no período de proibição da pesca nos rios e riachos em todo o Brasil. Em Itaperuna este tipo de pesca é visivelmente verificada no Rio Muriaé e nos ribeirões do município. Com as chuvas de outubro, os “pescadores” oportunos têm aproveitado desta prática e impedindo a subida dos peixes na piracema com a captura de fêmeas ovadas, principalmente no ribeirão Porto Alegre no bairro Governador Roberto Silveira não permitindo assim a reprodução da espécie. A penalidade para quem pratica a pesca ilegal varia entre seis meses a cinco anos de reclusão, quase sempre acompanhada por multas que podem chegar a R$ 500 mil.

A pesca predatória é aquela que retira do meio ambiente, mais do que ele consegue repor, diminuindo a população de peixes e mesmo de plantas do ecossistema. A pesca predatória tem consequências desastrosas, podendo limitar a produtividade pesqueira, quer seja do ponto de vista biológico, quer econômico. Esta atividade é ilegal e tem que ser combatida.

Os moradores do bairro Governador Roberto Silveira onde se encontra o Ribeirão porto Alegre (Valão da Cehab) e do bairro Boa Fortuna onde existe o ribeirão do mesmo nome, estão revoltados com estes “pescadores” ocasionais e principalmente porque não estão vendo qualquer ação que combatam esta prática contrária ao meio ambiente.

Vários sacolas cheias de peixes são retiradas todos os dias nos referidos ribeirões nestes dias de aumento do volume de águas por causa das chuvas e também esta prática está sendo verificada no Rio Muriaé o principal do município e da Região Noroeste. No Muriaé também são vistos “Paris” ou “Paritás” que são armadilhas que também impedem a subida dos peixes para a desova.