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Profissionais de saúde são treinados para diagnosticar casos de dengue


Profissionais de saúde são treinados para diagnosticar casos de dengue
Profissionais de saúde são treinados para diagnosticar casos de dengue

Profissionais de saúde do Corpo de Bombeiros se reuniram nesta terça-feira (10/01), na sede da Secretaria de Saúde, para o Curso de Capacitação em Serviço: Dengue em 15 Minutos, uma qualificação que permitirá identificar a doença com mais precisão. A proposta é instruir médicos e enfermeiros na chamada capacitação em serviço, em que os clínicos poderão repassar os conhecimentos a outros colegas de equipe, num treinamento de apenas 15 minutos.

Já passaram pelas aulas, com duração de quatro horas, cerca de 500 profissionais de hospitais estaduais, federais, particulares e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) de todo o estado. O curso, promovido pela Secretaria de Saúde, agora vai treinar profissionais de saúde da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e das Forças Armadas.

O objetivo é expandir a abrangência e promover uma padronização no atendimento. Segundo o médico e consultor da Coordenação Geral de Educação em Saúde e Gestão, Paulo Apratto, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que a maioria dos pacientes que morreram em decorrência da doença foram atendidos por profissionais que não seguiram qualquer protocolo.

– Existem parâmetros epidemiológicos e clínicos – febre e cansaço associados a dores musculares, ao redor dos olhos e nas articulações e manchas na pele – que possibilitam o diagnóstico precoce. É preciso acompanhar o paciente porque a dengue é uma doença que contraria as regras e complica justamente quando o paciente apresenta melhora. Nosso objetivo é evitar a morte, e isso depende do conhecimento das classificações da doença e da compreensão das operações clínicas para adotar a conduta correta, em tempo hábil, conforme a classificação de risco do doente – disse Paulo.

A instrutora Valéria Monteiro, esclarece que a capacitação visa reduzir o impacto para a população de uma grande epidemia neste verão.

– Atualmente, temos a presença dos tipos 1 e 4. Quem já teve dengue 1 está imune, mas existe uma grande população de jovens, que nasceram no fim ou depois da década de 90, que não tiveram contato com a doença. Por isso, a previsão é de uma epidemia de grandes proporções, porque o vírus já sofreu mutação e voltará mais resistente. A evolução do quadro é muito rápida, então é preciso identificar o quanto antes – explica a enfermeira.

Para isso, a secretaria sugere que os profissionais sigam um passo a passo, que inclui uma avaliação clínica, com exame físico e de sangue; atentem para os sinais de alarme, como sangramentos de pele espontâneos ou induzidos; pesquisem outras doenças relacionadas e façam um plano de acompanhamento, que prevê hidratação constante.

Com a capilarização das informações, a secretaria pretende qualificar seis mil profissionais de saúde em todo o estado. A diretora da Divisão de Educação em Saúde, Marta Maia, médicos e enfermeiros da rede privada também serão convocados a participar da capacitação.

– Estamos desenvolvendo uma parceria com o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) para qualificar o quadro da rede particular no manejo clínico da dengue. Esses instrutores podem qualificar monitores em qualquer época do ano, de acordo com a necessidade de cada unidade ou município – afirma a diretora.

A agenda do curso será repetida no interior para massificar esses procedimentos. O projeto piloto foi implantado no Rio de Janeiro em novembro de 2011 e será levado a outros estados. A capacitação segue a proposta do Ministério da Saúde, que acompanha o desenvolvimento. O certificado é emitido pela Universidade Aberta do Sistema único de Saúde (Unasus).

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