Líderes no Congresso lamentam a saída de Sepúlveda Pertence da Comissão de Ética Pública

Líderes partidários na Câmara dos Deputados lamentaram nesta segunda-feira (24/09) a decisão do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence de deixar a presidência da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), lembrou a importância do currículo de Pertence, mas disse que a presidenta Dilma Rousseff deverá encontrar alguém a altura para substituí-lo.
Para Marco Maia, a saída de Pertence do conselho não tem a ver com mágoas pessoais. “Sepúlveda é um homem que tem experiência. Ele não tomaria nenhuma decisão à luz de convicções pessoais. Ele deve ter tomado essa decisão em análise sobre as suas ações e tarefas. Não acredito que o fez movido por mágoas e rancores. Ele deve ter feito a partir de uma análise política”, avaliou o presidente da Câmara.
Mas, para os líderes oposicionistas, a decisão de Pertence reflete a perda de independência da Comissão de Ética Pública. O líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), divulgou nota na qual considera “preocupante” a renúncia do ex-ministro do STF. “Sepúlveda Pertence tem histórico de importantes serviços prestados ao Brasil. Sempre foi comprometido com a verdade e a ética. Acredito que ele tenha percebido que o conselho não cumpre mais sua função de independência, isenção e imparcialidade”, disse.
Da mesma forma, o líder do PPS, deputado Rubem Bueno (PR), criticou a postura do Palácio do Planalto de não reconduzir dois conselheiros que atuaram anteriormente em processos importantes. Para ele, o ex-ministro não teve outra opção a não ser deixar o cargo diante de tal interferência. “Trata-se de um absurdo, e o ministro Sepúlveda, homem sério que é, não tinha outra alternativa senão deixar o cargo para não compactuar com esse desatino”, ressaltou Bueno.
O ex-ministro Sepúlveda Pertence deixou hoje a Comissão de Ética Pública da Presidência da República após quase cinco anos no cargo. Ele deu posse aos dois novos conselheiros indicados pela presidenta Dilma Rousseff e depois anunciou a sua saída da presidência da comissão. “Não tenho nada contra os designados. Lamento, devo ser sincero, lamento a não recondução dos dois membros que eu havia indicado para a comissão e que a honraram e a dignificaram. Lamento a não recondução que, ao que me parece, um fato inédito na história da comissão”, disse ao ser perguntado sobre a não recondução de Marília Muricy e Fábio Coutinho.
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