Subiu para 15 o número de vítimas fatais do acidente ocorrido na BR 116 (Rio-Teresópolis). A senhora Ernestina Santos, de 62 anos, que estava internada no Hospital das Clínicas de Teresópolis, morreu nesta quarta-feira (24/10). O veículo da Viação 1001, fazia o trajeto Itaperuna-Rio de Janeiro, na segunda-feira (22), quando desgovernou-se e caiu em um despenhadeiro. Ernestina estava em estado grave e viajava com a cunhada, Zenalda Pereira Frades, 73 anos, que morreu na hora.

O motorista do ônibus, Eduardo Fernandes, 44 anos, foi enterrado na quarta-feira (24) pela manhã, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. O casal José Neves Mota, de 59 anos, e Maria Aparecida Mota Neves, de 53 anos, também foi sepultado no mesmo dia em Miracema.

Continuam internados em Teresópolis seis passageiros do ônibus. Já no Hospital Municipal Miguel Couto, outras duas vítimas do acidente, que foram levadas de helicóptero para a capital fluminense, seguem internadas. Uma delas, o alemão Frank Kern, está com politraumatismo e também inspira cuidados. Vera Lúcia de Paula, 61 anos, está estável.

Cinco sobreviventes do acidente tiveram alta do hospital de Teresópolis na tarde de ontem. Deixaram a unidade hospitalar Vanilton de Souza, Maria Eduarda de Paula Lopes, Wélika de Souza Malakias, Daniel dos Santos Oliveira e Emerson Turques da Silva.

Turques viajava no coletivo com seus pais, Edes Moraes da Silva e Lúcia Florido Turques da Silva, e a avó Ilma da Silva Florido, que faleceram no acidente. Eles foram enterrados no final da tarde, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O ônibus caiu numa ribanceira da estrada Rio-Teresópolis na tarde de segunda, quando seguia de Itaperuna para o Rio. Relatos de testemunhas apontam que houve falha no freio do veículo, que chegou ainda a atingir, sem gravidade, outros dois carros antes de bater contra diversas árvores.

A polícia instaurou inquérito para investigar as causas do acidente. Outra hipótese avaliada é que o motorista tenha passado mal na condução do veículo.

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli recolheram o tacógrafo, um equipamento que registra a velocidade do ônibus durante toda a viagem, e constataram que o coletivo estava a 80 quilômetros por hora, enquanto o limite para o trecho em que ocorreu o acidente é de 60. A polícia também afirmou que não há marcas de freio na pista.

A empresa 1001 informou que a última manutenção do veículo foi realizada no dia 10 de outubro, 13 dias antes do acidente. Segundo a Viação 1001, os relatórios de vistoria já foram entregues à polícia.

Defensoria Pública quer saber se ANTT fiscalizou o ônibus da 1001

A Defensoria Pública da União vai investigar se a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem responsabilidade com o acidente ocorrido com o ônibus da 1001. A ANTT garantiu que vistoriou o veículo duas vezes antes da viagem, mas não constatou irregularidades. Somente neste ano o mesmo ônibus tinha sido vistoriado outras 55 vezes. No dia 12 de janeiro o veículo foi multado, por estar com a lanterna lateral quebrada.

(*) Com informações do JB e Agências

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