Na madrugada deste domingo (04/08) o brasileiro José Aldo derrotou o Jung Chan-Sung, o “Zumbi Coreano”, no UFC 163 na Arena da Barra e manteve o cinturão dos pesos pena. José Aldo aplicou um nocaute técnico sobre o Sul Coreano que teve o ombro esquerdo deslocado. A vitória dominante assegurou que o Brasil mantivesse seu último cinturão absoluto no principal evento do MMA mundial – Renan Barão é o atual campeão interino dos pesos galo, já que o detentor do título, Dominick Cruz, vem de longo período lesionado.

Se havia algum temor pelas recentes derrotas de Junior Cigano nos pesos pesados, para Cain Velasquez, e de Anderson Silva nos pesos médios, para Chris Weidman, ele passou longe de José Aldo. O manauara dominou o combate nos três primeiros rounds e aproveitou uma lesão no ombro do sul-coreano para finalizar a luta no quarto round com a combinação de queda e ground and pound.

Esta foi a sétima defesa de título consecutiva de Aldo – cinco no UFC e duas no extinto WEC, evento onde ele conquistou o cinturão dos penas. O brasileiro agora soma um cartel de 23 vitórias e apenas uma derrota na carreira profissional no MMA.

A luta

O primeiro round começou com os dois lutadores medindo a distância e se estudando. Aldo arriscava mais golpes e levava vantagem no combate, principalmente com chutes baixos e domínio do centro do octógono. O brasileiro conseguiu a queda em um single leg, mas Jung rapidamente se levantou. E com uma sequência agressiva nos segundos finais, a primeira parcial terminou com nítida vantagem para o lutador da casa.

O “Zumbi Coreano” se soltou mais no segundo round, tentando investir em sequências de socos. Mas Aldo respondia bem aos golpes do asiático e mantinha o confronto equilibrado. Os jabs do manauara começaram a entrar, mas Jung não dava sinais de abalo. No último minuto, o campeão foi para o clinch e conseguiu derrubar o sul-coreano, mas o combate não evoluiu no solo. O assalto terminou com nova vantagem para José Aldo.

Uma queda espetacular do brasileiro marcou o início do terceiro round, quando o “Zumbi” tentou uma joelhada e acabou tendo o impulso de seu movimento voltado contra si próprio, graças a um giro de Aldo que terminou com o asiático de costas na grade. A luta não evoluiu no clinch, e o árbitro Herb Dean devolveu os atletas à posição em pé. O combate seguiu arrastado até o fim do round.

Aldo seguiu com mais jabs e esquivas no quarto assalto, levando clara vantagem na trocação em pé. Jung pareceu ter sentido o ombro direito depois de uma troca de golpes. E após dois chutes altos que balançaram o sul-coreano, o brasileiro partiu para o takedown e acabou com o combate bombardeando a cabeça do oponente no ground and pound.

Lyoto levanta torcida no UFC 163, mas perde luta apertada para Davis

O ex-campeão dos meio-pesados Lyoto Machida levantou a torcida na HSBC Arena ao entrar com a música “O que é, o que é”, de Gonzaguinha, e fez o público do Rio de Janeiro gritar a cada golpe diante do americano Phil Davis. Mas as quedas sofridas nos dois primeiros rounds, que foram muito equilibrados, custaram a vitória ao brasileiro, que perdeu por decisão unânime dos juízes pelo placar de 29-28.

“Sinceramente, não sei qual é a regra do UFC. Não sei o que eles estão julgando. O grito da galera fala por si só”, disse um inconformado Machida após a derrota, enquanto a torcida protestava contra a decisão dos jurados. Foi o quarto revés do “Dragão” em sua carreira profissional.

O primeiro round começou com Lyoto tomando o centro do octógono e encontrando a distância para encurralar Davis. Um chute alto do brasileiro pegou na guarda do americano, mas levantou a torcida mesmo assim. E o público foi ao delírio com uma sequência agressiva de Machida, que desequilibrou Davis. Mas logo em seguida, o americano conseguiu derrubar o baiano e passou os últimos segundos tentando desesperadamente uma finalização, sem sucesso.

No segundo assalto, Lyoto seguiu se esquivando bem das investidas de Davis e escapou também de duas tentativas de takedown. Mas os famosos contragolpes do brasileiro ainda não haviam encaixado. Até que, faltando 50 segundos, um soco direto do “Dragão” encontrou o rosto de Davis quando o americano tentava um chute. Porém, novamente no final do round o “Mr. Wonderful” conseguiu a queda sobre Machida, ganhando mais pontos na contagem dos juízes.

A estratégia do brasileiro não mudou no terceiro round: esquivar, bloquear e contra-atacar. Uma joelhada de Lyoto passou no vazio, mas ele aproveitou o embalo do golpe para agarrar Davis por trás; o americano conseguiu escapar facilmente. Sempre no contragolpe, Lyoto acertou um soco e uma joelhada perigosos quando o americano tentava atacar. O terceiro assalto terminou favorável ao brasileiro, mas a decisão final ficou para os jurados. E aí, pesaram as quedas conseguidas por Phil Davis nas duas primeiras parciais, para revolta do público na HSBC Arena.

Confira os resultados do UFC 163:

José Aldo venceu Chan Sung Jung por nocaute técnico aos 2m do round 4

Phil Davis venceu Lyoto Machida por decisão unânime (29 a 28, 29 a 28 e 29 a 28)

Cezar Mutante venceu Thiago Marreta por finalização (guilhotina) aos 47s do round 1

Thales Leites vence Tom Watson por decisão unânime (30 a 27, 30 a 27 e 30 a 27)

John Lineker venceu José Maria ‘No Chance’ por nocaute técnico a 1m03s do round 2

Anthony Perosh venceu Vinny Magalhães por nocaute 14s do round 1

Amanda Nunes venceu Sheila Gaff por nocaute técnico aos 2m08s do round 1

Serginho Moraes venceu Neil Magny por finalização (triângulo) aos 3m13s do round 1

Ian McCall venceu Iliarde Santos por decisão unânime (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28)

Rani Yahya venceu Josh Clopton por decisão unânime (29 a 28, 29 a 28 e 29 a 28)

Francimar Bodão venceu Ednaldo Lula por decisão unânime (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28)

Viscardi Andrade venceu Bristol Marunde por nocaute técnico a 1m36s do round 1

(*) Com informações do Terra e Agências

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