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Tropa de Choque da PM detém mais de 40 manifestantes no centro do Rio

 
 

Tropa de Choque da PM detém mais de 40 manifestantes no centro do Rio

Na noite desta terça-feira (16/10) o clima ficou mais uma vez tenso nas ruas do Rio de Janeiro. Pelo menos 45 pessoas foram detidas pela Polícia Militar (PM) nas ações de quebra-quebra e depredações ocorridas, após os protestos do Dia do Professor, ocorridos em várias áreas da região central da cidade e bairros próximos. O balanço do número de detidos é do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH).

De acordo com o advogado Felipe Coelho, que está prestando assistência aos detidos, “somente na 17ª Delegacia Policial [DP], no bairro de São Cristóvão, na zona norte da cidade, há pelo menos 30 detidos, a maioria adolescentes”. Ele disse ainda que mais detidos foram levados para a 5ª DP, na Avenida Mem de Sá, na Lapa; para a 19ª DP, na Tijuca; e para a 12ª DP, em Copacabana.

O número de detidos deve aumentar, pois a Tropa de Choque isolou nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, dezenas de jovens que estão sendo revistados e quase todos colocados em dois micro-ônibus da PM e em um ônibus e levados detidos para várias delegacias. Quando os ônibus começaram a deixar o local, um grupo de manifestantes tudo tentou impedir a saída dos veículos, mas foram dispersados por bombas de gás.

Um carro da PM foi incendiado por mascarados

Uma viatura da Polícia Militar foi incendiada pelos manifestantes, nas proximidades da Rua Cândido Mendes, no bairro da Glória, na zona sul. Antes, um micro-ônibus da PM fora depredado, na Rua Santa Luzia, no centro.

Por volta das 22h a situação continuava fora de controle na região central da cidade, com diversos grupos de manifestantes mascarados, muitos deles ligados ao Black Bloc, sendo dispersados com uso de bombas de gás pela Tropa de Choque, mas se reagrupando em seguida.

Tropa de Choque da PM detém mais de 40 manifestantes no centro do Rio

Por causa da confusão, várias ruas foram interditadas, pois grupos de manifestantes se espalhavam pelos bairros da região, entre eles a Lapa. A Rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, no bairro de Laranjeiras, foi bloqueada. No local, além de grades, dezenas contingente de policiais protegem o prédio.

A todo o momento, os policiais abordam algumas pessoas, que são revistadas. Fogueiras feitas com sacos de lixo, caixas de madeira e até móveis de lojas depredadas queimam no meio da rua. O homens do Corpo de Bombeiros observam o fogo, mas só agem quando a polícia garante segurança.

Grupo quebra vidros do Consulado dos EUA e de Angola

Um grupo de manifestantes, com rostos cobertos, apedrejou o Consulado dos Estados Unidos. Vidraças do prédio foram quebradas. O grupo jogou pedras nas vidraças. Os seguranças que estavam dentro do consulado não reagiram. Com pedaços de pau, eles quebraram semáforos e placas de sinalização em frente à representação americana. O grupo foi dispersado com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar, que lançou bombas de gás lacrimogêneo.

Grupo quebra vidros do Consulado dos EUA e de Angola

O prédio do Consulado de Angola também teve as vidraças do térreo quebradas, assim como as janelas de uma faculdade. Outros grupos atearam fogo em mesas, cadeiras e caixas de madeira no meio da ruas do centro da cidade.

A polícia revistou envolvidos nos atos e deteve alguns, que foram levados para as delegacias de polícia.

Na Lapa, muitos bares fecharam as portas, com clientes dentro dos estabelecimentos, com receio de atos de vandalismo. Após o tumulto na Cinelândia, grupos se deslocaram para o bairro. Na altura dos Arcos da Lapa, o trânsito está fechado e os carros estão sendo desviados para ruas próximas. Muitos carros de polícia também estão no local.

Mais cedo, professores e profissionais de educação, que estão em greve há mais de dois meses, participaram de uma passeata em defesa da educação pública, e que marcou o Dia do Professor. O protesto seguiu pacífico até as 20h15, quando teve início um tumulto. A maioria dos participantes da manifestação já havia deixado o protesto com a saída dos carros de som do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).

A confusão teve início quando um grupo, muitos mascarados, que estava próximo ao Quartel-General da Polícia Militar (PM), na Rua Evaristo da Veiga, decidiu se deslocar em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As primeiras bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pela polícia na Rua Araújo Porto Alegre, entre o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. Depois, foram disparadas bombas de gás nas proximidades do Theatro Municipal.

Alguns deles chutaram as bombas de volta em direção aos policiais e dispararam rojões. Muitos estão com os rostos cobertos e alguns têm ligação com o grupo Black Bloc. Um grupo ateou fogo em sacos de lixo. Quando eles chegaram na Rua Santa Luzia, jogaram pedras nos policiais. Um micro-ônibus da polícia foi depredado e teve os vidros quebrados.

(*) Com informações da Agência Brasil

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