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Ações integradas da Agricultura fortalecem produção orgânica no Noroeste

 
 

Ações integradas da Agricultura fortalecem produção orgânica no Noroeste

Cerca de 200 agricultores familiares do Noroeste Fluminense estão em processo de transição do modo produtivo convencional para o agroecológico. Destes, 84 vão obter a certificação de produtores orgânicos, junto ao Ministério da Agricultura, através do sistema OCS (Organização de Controle Social). A certificação, sem custos para o agricultor, é resultado das ações desenvolvidas pela Rede de Pesquisa, Inovações, Tecnologias e Serviços Sustentáveis em Microbacias Hidrográficas, criada pela Secretaria de Agricultura, através de trabalho conjunto do Rio Rural, Pesagro-Rio, Emater-Rio, Embrapa, Sebrae-RJ e outros parceiros.

A expectativa dos técnicos que integram a Rede de Pesquisa é que a certificação seja emitida ainda nos primeiros meses de 2014. O objetivo é expandir o número de agricultores certificados como orgânicos no Noroeste do estado, que hoje é de apenas cinco produtores. Um grupo de trabalho específico para resolver os gargalos nesta cadeia produtiva foi formado em abril de 2013, e os resultados já estão aparecendo.

Os agricultores se reuniram com os técnicos das instituições parceiras, apontaram as principais demandas e buscaram soluções, construindo um Plano de Desenvolvimento da Cadeia de Orgânicos. O plano é a base para as ações da rede, como o curso de formação em Agroecologia, que está sendo ministrado em etapas, para suprir a demanda de acesso a informação sobre práticas sustentáveis de manejo e assistência técnica. Ao longo de um ano, serão realizadas dez oficinas sobre vida do solo, destacando a importância do manejo agroecológico, e práticas de compostagem, caldas e biofertilizantes. Duas oficinas já aconteceram e reuniram, em média, 100 agricultores.

Nilo Roque Vieira Silva, agricultor de São José de Ubá, foi um dos participantes.

– Precisamos de instrução e apoio para produzir melhor e ficar no campo – disse.

Produtor de olerícolas, Nilo praticou a agricultura convencional até o ano de 2006, quando ele e a família foram gravemente intoxicados com o uso de produtos fitossanitários no cultivo da couve.

– Fiquei famoso por isso, saiu em todos os jornais. Foi um susto, eu vi que era preciso mudar. O começo foi difícil, não tínhamos informação. Mas valeu a pena, agora minha família está saudável e estamos felizes – afirmou.

Nilo já produz olerícolas pelo projeto PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), do Sebrae. Há seis anos, protegeu a nascente da propriedade com recursos próprios. Agora está na expectativa da implantação de uma estufa para produção de mudas e cultivo das hortaliças, através de subprojeto do Rio Rural.

União fortalece o grupo

Nas reuniões promovidas pela Rede de Pesquisa, a união dos agricultores se sobressai durante a troca de experiências. Nas oficinas de compostagem, é comum ver os agricultores oferecendo aos demais o material utilizado para o manejo dos orgânicos em suas propriedades (palhas, cascas, farelos, etc).

– Estou muito feliz com essa iniciativa, é muito bom saber que não estamos sozinhos – disse Joselmo Lourenço, agricultor da microbacia Marimbondo, em Italva.

Joselmo já é certificado como produtor orgânico, conhece as dificuldades e vê um caminho promissor para a atividade.

– Antes, era tudo muito difícil. Agora temos apoio, não podemos desanimar. Vamos trabalhar juntos, fortalecer a agricultura orgânica e conquistar espaço no mercado – projeta o agricultor.

(*) Com informações da Ascom-RJ

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