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Governo da Venezuela não permite que CNN trabalhe no país e bloqueia até aplicativos

 
 

Governo da Venezuela não permite que CNN trabalhe no país e bloqueia até aplicativos

A rede de televisão americana “CNN” informou nesta sexta-feira (21) que o governo da Venezuela comunicou a sua correspondente em Caracas, Osmary Hernández, que a licença de trabalho “como correspondente credenciada” foi revogada, medida que também afeta a apresentadora Patricia Janiot e o editor Rafael Romo, todos funcionários da rede dos EUA.

Em comunicado assinado pela “CNN Español”, a rede explicou que a retirada da licença de trabalho também vale para uma produtora. Ainda em nota, o canal disse “esperamos que o governo reconsidere a decisão”.

“O vice-ministro de Comunicações da Venezuela comunicou hoje a nossa correspondente, Osmary Hernández, que tinha sido revogada a permissão para trabalhar como correspondente credenciada”.

Pelo Twitter, a jornalista em questão também falou sobre o assunto:

“Confirmo que o Minci (Ministério da Comunicação) revogou as credenciais de toda a equipe de @CNNEE na Venezuela e de seus enviados especiais”, que cobriam os protestos estudantis no país, explicou Hernández em sua conta no Twitter.

O sindicato dos jornalistas já tinha informado mais cedo da saída “inesperada” de Janiot. A “CNN” confirmou à AFP que a apresentadora já deixou o país.

“CNN” faz “propaganda de guerra” ao cobrir atos, diz governo

O governo venezuelano não se pronunciou sobre o assunto, mas a informação dada pela própria emissora chega um dia após o governo venezuelano ameaçar a “CNN”, caso a rede mantenha o que chamou de “propaganda de guerra” na cobertura da onda de protestos pró e antigoverno no país.

“Pedi à ministra (das Comunicações) Delcy Rodríguez que notifique à “CNN” sobre o início do processo administrativo para tirá-los da Venezuela caso não mudem isto. Já basta de propaganda de guerra”, advertiu Maduro nesta quinta-feira (20) em mensagem à Nação.

“Estava agora no meu gabinete vendo a “CNN”. Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra. Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela há uma guerra civil, mas na Venezuela o povo está trabalhando”, concluiu o presidente.

A despeito da acusação, a “CNN” informou que procura ouvir os dois lados em questão nos protestos pelo país.

A jornalista Patricia Janiot disse ainda que inclusive “estava tentando uma entrevista com o presidente Maduro”, de acordo com a emissora.

“Esperamos que o governo reconsidere sua decisão. Enquanto isso, continuaremos informando sobre a Venezuela da forma justa, acertada e balanceada que nos caracteriza como empresa jornalística”, diz o texto

Mais veículos de comunicação sofreram sanções

Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano a cabo “NTN24”, sob a acusação de tratar de gerar “frustração” entre a população, quando transmitia confrontos após uma passeata da oposição.

O “NTN24” pretendia “transmitir um fracassado golpe de Estado como o de 11 de abril (de 2002, contra o então presidente Hugo Chávez). Fora do ar NTN24!”, disse Maduro na ocasião.

Aplicativo usado por manifestantes é bloqueado na Venezuela

Um aplicativo que se tornou bastante popular entre os manifestantes na Venezuela foi bloqueado no país, de acordo com o CEO da empresa responsável pelo Zello, que “transforma” o smartphone em uma espécie de walkie-talkie.

Bill Moore disse à agência AP que o principal operador da telefonia móvel e provedor de internet do país sul-americano, Movilnet e a CANTV, bloquearam nessa quinta-feira o acesso ao site do aplicativo.

O aplicativo, que é grátis e pode ser baixado em smartphones, tablets ou computadores, “transforma” esses dispositivos em um rápido walkie-talkie. É possível participar de canais públicos para se envolver em um debate, com até 500 usuários.

Além da Venezuela, manifestantes da Ucrânia também têm se utilizado bastante da ferramenta. Segundo Moore, cuja companhia é baseada no Texas (EUA), o Zello foi o aplicativo mais baixado no país europeu nessa quinta-feira para os sistemas operacionais Android e da Apple.

(*) Com informações do uol e do Terra

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