O juízo da 3ª Vara Criminal da Capital iniciou nesta sexta-feira, dia 25, a audiência de instrução e julgamento (AIJ) dos réus Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, acusados de provocarem a morte do cinegrafista Santiago Andrade. Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas.

Um dos depoentes foi o administrador Carlos Henrique Omena, que trabalhava junto com Caio Silva no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Carlos Henrique afirmou que recebeu um telefonema de Caio pouco tempo após a morte de Santiago. Na ligação, o acusado teria dito que “achava que havia feito uma besteira, que havia matado um cara”. Carlos Henrique confirmou em juízo o mesmo teor do depoimento que prestara à delegacia, durante a fase de inquérito.

Os delegados Maurício Luciano de Almeida e Silva e Fábio Pacífico Marques também foram arrolados como testemunhas pelo Ministério Público e prestaram depoimento. Os dois contaram como se deram as operações que culminaram na prisão dos acusados. De acordo com o delegado Maurício Luciano, as imagens divulgadas na mídia apontaram que Caio e Fábio dispararam juntos o rojão que atingiu Santiago Andrade no dia 6 de fevereiro, durante uma manifestação na Central do Brasil.

Quem também prestou depoimento foi o tenente da Polícia Militar Luiz Henrique de Oliveira Martins. Ele disse que estava bem próximo de Santiago quando o cinegrafista foi atingido pelo artefato explosivo.

No fim da audiência, a defesa dos réus pediu a revogação da prisão preventiva dos acusados. O juízo indeferiu o pedido.

Ao todo, 17 testemunhas – nove de defesa e oito de acusação – foram arroladas para depor. A próxima audiência será no dia 5 de maio. Fábio Raposo e Caio de Souza são acusados dos crimes de explosão e homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chance de defesa e uso de artefato explosivo).

(*) Com informações do TJRJ

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