Em São Paulo começam ser identificadas no IML as vítimas da queda do avião em que estava Eduardo Campos
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Na noite desta quarta-feira (13/08) começaram a ser identificadas no Instituto Médico-Legal (IML) da capital paulista os corpos das vítimas da queda do avião, ocorrida em Santos, que provocou a morte de sete pessoas. Entre as vítimas está o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB). Parte dos restos mortais chegou ao IML, no bairro de Pinheiros, em torno das 20h. Além de Eduardo Campos, morreram no acidente quatro assessores, piloto e copiloto da aeronave.
Além de Eduardo Campos, morreram no acidente:
Alexandre Severo Gomes e Silva, fotógrafo;
Carlos Augusto Ramos Leal Filho, assessor conhecido como Percol;
Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto;
Marcos Martins, piloto;
Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista;
Pedro Almeida Valadares Neto, assessor de campanha
Uma equipe de 30 profissionais peritos trabalham na identificação das vítimas. Quatro peritos da Polícia Federal estão apoiando os trabalhos. De acordo com nota da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, os exames de DNA ficarão sob a responsabilidade de dez peritos do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense.
O Acidente
A aeronave caiu por volta das 10h. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). O avião estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Quando se preparava para pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião.
Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, não estava no avião.
Pernambucano, o candidato era neto de Miguel Arraes, que governou o estado três vezes e, coincidentemente, faleceu há nove anos, também no dia 13 de agosto. Eduardo Campos era filho de Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes. Duas vezes governador de Pernambuco, ele também foi deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda e ministro no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Formado em economia na Universidade Federal de Pernambuco, Campos concorria pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira.
Na terça-feira (12), Campos cumpriu agenda de campanha no Rio de Janeiro de onde decolou pela manhã de quarta para São Paulo. Ele teria agenda em Santos, no litoral do estado. Estava prevista entrevista coletiva na Praia do Mercado, às 10h30, e depois participaria de um seminário. No final da tarde, daria nova entrevista em São Paulo.
Com grande popularidade em Pernambuco e bom trânsito entre todas as correntes políticas, Campos começou a carreira política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco.
Imprensa internacional destaca a morte de Eduardo Campos
Desde que foi confirmada, a morte de Eduardo Campos foi destaque em diversos sites internacionais. Em notícia de capa, o espanhol El País ressalta que a morte do candidato do PSB à Presidência da República vai dar uma virada na corrida presidencial.
Três horas depois da confirmação da morte de Campos em um acidente aéreo no município paulista de Santos, o britânico Financial Times ainda trazia na capa a foto do ex-governador e a afirmação de que sua morte vai alterar a dinâmica das eleições presidenciais brasileiras.
Enquanto isso, o espanhol El Mundo destacou no obituário que o candidato, de 49 anos, buscava ser a cara da nova política brasileira. O jornal salientou que Campos procurava se mostrar como uma resposta à demanda dos eleitores que foram às ruas em manifestações em junho do ano passado e que tinha sangue político.
O jornal frisou ainda que o ex-governador contava com grande apoio no Nordeste brasileiro e que suas propostas eram um meio termo entre as liberais da oposição e às mais ligadas à esquerda, do PT.
Já o argentino La Nación destacou que Campos foi aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na corrida presidencial, era adversário da presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição. O jornal destacou que Campos foi eleito governador de Pernambuco com mais de 80% dos votos. La Nación lembrou que Campos seguiu, desde jovem, os caminhos da política e que estava em terceiro lugar nas pesquisas para as eleições de outubro.
O americano The New York Times e o francês Le Monde informaram sobre o luto oficial de três dias decretado pela presidenta Dilma Rousseff e acentuaram o fato de o pequeno avião que levava o candidato ter caído em um bairro residencial de Santos, no litoral paulista. No acidente, morreram mais seis pessoas.
A Télam, agência pública de notícias da Argentina, destaca, em matéria de capa, que a morte de Eduardo Campos a 53 dias das eleições gerou grande comoção no mundo político e que o impacto da perda na disputa ainda não pode ser medido. A agência lembra que a morte do ex-governador de Pernambuco, terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, paralisou a campanha eleitoral no país.
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