Polícia francesa faz várias prisões de suspeitos do ataque terrorista contra jornal
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Nesta quinta-feira (08/01), o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que várias pessoas foram detidas durante a busca pelos dois irmãos suspeitos de matar 12 pessoas no ataque ao jornal francês Charlie Hebdo. “Muitos [suspeitos] foram detidos durante a noite”, disse Valls à Rádio RTL, acrescentando que os serviços secretos conheciam os dois suspeitos, que ainda não foram encontrados, e estavam “sem dúvida” acompanhando os seus movimentos antes do ataque dessa quarta-feira (07).
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, informou que eram sete as pessoas sob custódia policial.
“Sete pessoas”, respondeu o ministro à Rádio Europe 1, em resposta a uma questão colocada pelos jornalistas. Uma fonte judicial confirmou que sete pessoas, homens e mulheres ligados aos dois irmãos suspeitos da autoria do ataque, foram detidas.
Franceses se reúnem em repúdio a atentado e prestam solidariedade às vítimas
A comoção causada pelo atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo motivou milhares de pessoas a se reunir espontaneamente em várias cidades da França para homenagear os 12 mortos, prestar solidariedade às famílias das vítimas e repudiar o ataque – que já é apontado por alguns veículos de imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país.
Em Paris, onde a mobilização foi convocada por sindicatos, entidades de classe e partidos políticos, uma multidão está concentrada na Praça da República, que fica próxima ao local do atentado. Muitas pessoas portam cartazes e faixas com a frase, em francês, “Eu sou Charlie”.
“As pessoas não entendem o que aconteceu”, disse à Agência Brasil a jornalista Karima Saidi, que esteve na vigília e, depois, acompanhou um grupo que marchou até a prefeitura parisiense. “O que mais me chamou a atenção foi o silêncio. Às vezes, algumas pessoas gritavam algo em defesa da liberdade de expressão, mas, na maior parte do tempo, o silêncio era completo. É um ambiente muito pesado.”
Karima lembrou alguns dos atentados que aterrorizaram os franceses nos últimos dois anos, como o que ocorreu em 2012 em uma escola judaica de Toulouse, no qual quatro crianças foram mortas. A jornalista observou que, além da frase “Eu sou Charlie”, muitos dos cartazes e faixas expostos na vigília defendem que a melhor resposta ao terrorismo é mais democracia.
“As pessoas estão chocadas. O fato de não ter sido cometido com bombas, como das outras vezes, e de os alvos serem jornalistas contribui, mas a verdade é que há muito tempo um atentado não deixava tantos mortos”, acrescentou a jornalista.
Nascida na França, mas de ascendência árabe, Karima diz não ter presenciado nenhuma manifestação de xenofobia ou de intolerância religiosa. Segundo ela, neste momento, a maior parte das pessoas ainda está tentando entender o que aconteceu. Até esse momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.
“A grande maioria tem quase que certeza de que o atentado foi um ato religioso radical, mas há também os que se perguntam se não pode se tratar de uma ação de membros radicais da extrema direita para inflamar a situação. Como, até o momento os terroristas não foram presos, as pessoas não estão apontando para um determinado grupo, mas sim se perguntando sobre os limites da liberdade de expressão”, finalizou a jornalista.
(*) Com informações da Agência Brasil
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