Freud e a Psicanálise

O termo Psicanálise e o nome Sigmund Freud são reconhecidos em todo o mundo. Seu trabalho de pesquisas e observações o levou a um vasto número de complexas teorias acerca da personalidade, em que se desempenhou, a partir de 1890, até a sua morte em 1939.
Antes de Freud, as ciências psíquicas, inclusive a psicologia que dava seus primeiros passos como ciência, só abordava o indivíduo em seus aspectos conscientes, e acreditava-se que a sexualidade só tinha seu início na puberdade. Coube a Sigmund Freud, ao longo de mais de 40 anos de estudo, abordar os temas complexos do inconsciente e da sexualidade infantil.
O inconsciente é apontado como o conceito fundamental da Psicanálise. Em seu “Vocabulário da Psicanálise” Laplanche e Pontalis afirmam que, “se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta Freudiana, essa palavra seria, incontestavelmente, a de inconsciente”.
Em seu artigo “O inconsciente” (1915), que complementa a interpretação dos sonhos (1900) Freud descreve-o como um sistema que tem como característica a ausência de cronologia, a ausência de conceito de contradição, a linguagem simbólica, a igualdade de valores para a realidade interna e externa, com supremacia da primeira e o predomínio do princípio do prazer. O ponto fundamental proposto por Freud no que diz respeito à noção de inconsciente é o fato do comportamento das pessoas não ser influenciado apenas por metas e objetivo sobre os quais o indivíduo tem clareza ou consciência. Atuam sobre elas os desejos e as idéias inconscientes do indivíduo, ou seja, os impulsos, as fantasias, as experiências esquecidas, aspectos que não se encontram sobre o domínio da consciência. Por terem sido vividos de forma dolorosa, esses aspectos foram, no curso do desenvolvimento “expulsos” da consciência, foram reprimidos. As pulsões reprimidas se manifestam através dos sintomas, os quais podemos citar os sonhos, atos falhos, lapsos, histes, neuroses e afecções psicossomáticas.
Portanto, são inconscientes os processos psíquicos que não podem ser evocados voluntariamente. Por mais de quarenta anos, Freud explorou o inconsciente pelo método da associação livre e desenvolveu o que geralmente é considerado como a primeira teoria abrangente da personalidade. Ele comparou a mente como um Iceberg: a parte menor que aparecia acima da água representava a região da consciência, enquanto a massa muito maior abaixo da água representava o inconsciente.
Outra questão importante estudada por Freud foi a sexualidade infantil. Época em que elaborou sua teoria, entre fins do século XIX e início do século XX, imaginava-se que a sexualidade surgia somente na adolescência, e que os bebês e as crianças pequenas eram totalmente imunes a sentimentos desse tipo. O primeiro texto freudiano sobre sexualidade infantil, propriamente dito, encontrava-se nos “três ensaios” de 1905.
Freud trouxe uma concepção diferente de infância e por isso foi mal aceito durante décadas, especialmente em certo meios intelectuais. O que ele pretendia dizer é que um bebê, ao sugar o seio da mãe, por exemplo, ativava uma energia que era da mesma natureza que um adulto ativava quando mantinha uma relação sexual genital. Deu o nome de libido a essa energia e considerou-a como a energia que move o ser humano na direção do prazer, seja ele uma criança pequena, seja um homem feito.
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