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Amanda Nunes e José Aldo colocam o Brasil no topo e ganham cinturões no UFC 200

Amanda Nunes foi implacável na luta principal do UFC 200, contra Miesha Tate
Amanda Nunes foi implacável na luta principal do UFC 200, contra Miesha Tate

Amanda Nunes fez história na madrugada deste domingo (10/07), T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA). A hora da Leoa chegou e chegou em grande estilo. Uma atuação impecável, aliando potência e técnica nos golpes, fez ela se tornar a primeira mulher do país campeã do Ultimate. Aos 3m16s do primeiro assalto, a brasileira finalizou Miesha Tate com um mata-leão e se tornou a nova rainha do peso-galo feminino da organização, na luta principal do UFC 200.

Esta foi a 13ª vitória da carreira de Amanda Nunes em 17 lutas. A brasileira venceu o quarto confronto consecutivo e foi a terceira atleta tupiniquim a ter a chance de disputar o cinturão, após Bethe Correira, derrotada por Ronda Rousey, e Cláudia Gadelha, superada nesta sexta-feira por Joanna Jedrzejczyk, terem suas oportunidades.

– Acho que todo lutador tem a chance de mudar a sua maneira de lutar e sou esse tipo de lutadora. Sempre busco uma alternativa para fazer as coisas acontecerem na minha vida. A Miesha é uma oponente muito difícil, respeito a Miesha demais, mas sou a nova campeã. Há 10 anos venho trabalhando muito forte e agora me sinto muito bem para voltar para o Brasil. É para você, vó, estou voltando. Há um ano não vejo minha família, esperando melhor momento para voltar e vou levar isso (o cinturão) comigo. Logo no começo, quando ela começou a ficar muito machucada, controlei um pouco e bati mais forte para ela não voltar, porque sabia que ela voltaria mais forte no segundo round – afirmou Amanda, emocionada com a vitória.




A brasileira começou com um chute baixo, seguido de uma esquiva para evitar entrada em queda da campeã. A Leoa conectou um direto de encontro, e Miesha entrou com double leg para derrubar, mas Amanda se levantou rapidamente e deixou uma direita na saída. A americana buscava a luta agarrada e tomou uma invertida, mas a brasileira preferiu ficar de pé e voltou a golpear. As combinações de boxe passaram a entrar com precisão. A Cupcake caiu e sangrava no rosto. Uma entrada em queda fez a Leoa defender e transitar para as costas. Com a voracidade que o apelido explica, ela golpeou a cabeça da rival, colocou os ganchos, encaixou o mata-leão e entrou para a história.

José Aldo vence Edgar e recupera cinturão para o Brasil

José Aldo foi o único campeão brasileiro no UFC entre maio de 2014, quando Renan Barão foi destronado no peso-galo, e março de 2015, quando Rafael dos Anjos conquistou o título do peso-leve. Nada mais justo, então, que o lutador manauara fosse o homem a recuperar um cinturão – ainda que interino – para o Brasil, dois dias após Dos Anjos perder o seu para Eddie Alvarez. O lutador da Nova União venceu o americano Frankie Edgar por decisão unânime (49-46, 49-46, 48-47) neste sábado, no card principal do UFC 200, em Las Vegas (EUA), para conquistar o título interino dos pesos-penas e uma revanche contra o irlandês Conor McGregor, atual campeão linear da categoria e responsável pela traumática perda do cinturão em dezembro do ano passado.

José Aldo ergue o número 1 ao final da luta contra Frankie Edgar e ganha o cinturão interino da categoria
José Aldo ergue o número 1 ao final da luta contra Frankie Edgar e ganha o cinturão interino da categoria

O “Notório” assistiu de pé, ao lado do octógono, à atuação do brasileiro, que voltou a lutar como acostumou seus fãs durante seu reinado no peso-pena: de forma estratégica, no controle da distância e certeiro nos contragolpes. Basicamente, foi José Aldo novamente, em vez do lutador ávido para atacar o adversário rapidamente que foi no fatídico nocaute sofrido em 13s contra McGregor. Com a confiança recuperada pela atuação dominante, Aldo não perdeu a oportunidade de provocar o arquirrival ao final da luta.

– Confio nele, amo ele. Frankie é um grande adversário, tem um wrestling muito bom, eu o respeito. Mas eu só tenho um objetivo: é vencer este m***. Ele não vai ter a mesma sorte que teve da outra vez – disse José Aldo. O irlandês, de seu assento, fez cara de não ter se impressionado muito e pareceu aberto à revanche contra o brasileiro.

Aldo começou o combate cauteloso, estudando a movimentação de Edgar e controlando a distância. Aos poucos, o americano foi encontrando o caminho para golpear, através de chutes baixos. O brasileiro respondeu com boas combinações em cima, e rechaçou a primeira entrada em queda do adversário. Aldo teve um bom momento no minuto final, ao conectar um jab e direto. Ele também encaixou uma joelhada dura, mais um cruzado de esquerda em cheio que levou Edgar a knockdown.

Edgar seguiu ditando o ritmo no segundo round, mas acertava poucos golpes. Aldo acertou mais uma joelhada numa entrada de queda e saiu da frente do americano como um toureiro. O supercílio direito de Edgar começou a sangrar como resultado da joelhada. O americano, contudo, não desacelerou, e acertou dois bons cruzados de direita. Mesmo assim, Aldo seguia dominando a distância, e rechaçou mais duas entradas de queda com facilidade. Ambos acertaram bons cruzados, e o manauara tentou garantir a pontuação do round com mais uma joelhada voadora e uma chuva de jabs nos segundos finais.

A luta prosseguia, mas Edgar parecia ficar mais rápido. Ele começou o terceiro round acertando bons jabs e cruzados, e ficou ainda mais incisivo nas entradas de queda. Aldo defendeu e se manteve em pé, mas rapidamente se viu em desvantagem no período. Uma combinação de jab e direto de Edgar balançou o brasileiro, que no entanto circulou bem e evitou que o americano aproveitasse o bom momento. Aldo encontrou espaço para um diretaço de direita, e Edgar respondeu com um cruzado. Logo o americano estava buscando derrubar de novo, e levou outra joelhada no rosto. Aldo ainda acertou uma joelhada e um chute baixo no final do assalto.

Instruído pelo técnico Dedé Pederneiras, José Aldo voltou a se movimentar bem no quarto round, dificultando que Edgar o encontrasse com seus jabs. O americano passou a fintar ataques nas pernas para socar em cima e chutar baixo. A estratégia funcionou, e o ex-campeão dos leves passou a golpear mais. Aldo, porém, acertou um bom cruzado de direita, e seu córner, sentindo a virada de momento, o incentivou a “pegar agora”. O brasileiro acertou boas combinações e deixou o rosto do americano bem marcado, sangrando dos dois lados. Seu segundo knockdown da noite veio com um jab quando o adversário tentava um chute à meia altura.




No intervalo, Dedé ordenou: “Dois chutes nessa p*** dessa perna dele”. Aldo obedeceu imediatamente e abriu o round final com um chute baixo. Ele seguiu a ação com uma série de jabs e voltou a controlar a distância. Um cruzado de esquerda balançou Edgar, e o manauara ganhou confiança. Soltou chute alto, acertou mais cruzados, tentou um upper. Confortável na liderança, Aldo passou a administrar o combate, apenas contragolpeando, até faltar cerca de 1m30s, quando seus córneres passaram a incentivá-lo a acelerar. Ele bambeou o americano com uma joelhada, mas o lutador da Nova União não se arriscou: apenas se movimentou e evitou sofrer um golpe de surpresa que pudesse nocauteá-lo. Quando a sirene soou, o brasileiro comemorou, com a certeza que voltaria a ter um cinturão na cintura novamente. Ao ser entrevistado após a vitória, Aldo dedicou o triunfo a Dedé.

– Não luto pelo UFC, luto pelo meu técnico. Este cara é tudo, ele é meu pai. Perdi meu pai, mas ganhei ele. Eu não fiz nada, foi ele quem fez – comentou o lutador, que abraçou o técnico com a expressão emocionada.

Anderson Silva resiste e dá calor em Cormier, mas é derrotado

Ao se oferecer para substituir Jon Jones e enfrentar Daniel Cormier com apenas dois dias de antecedência, Anderson Silva tinha consciência de que esse seria talvez o maior desafio de sua carreira. Apesar de estar invicto contra lutadores da divisão dos meio-pesados (venceu James Irwin, Forrest Griffin e Stephan Bonnar), desta vez ele enfrentou o campeão da categoria, que é vindo dos pesos-pesados. A diferença de categoria dos rivais das lutas anteriores para a do deste sábado no UFC 200 não intimidou o brasileiro, que buscou a luta e chegou a ser superior em alguns momentos do combate, mas acabou derrotado por decisão unânime dos juízes (triplo 30-26) após o volume de luta do campeão – e a falta de um treinamento apropriado – fazerem a diferença contra ele.

– Eu treinei para um cara específico por oito semanas, e o cara saiu da luta e eu tive que enfrentar Anderson Silva, que é o maior lutador de todos os tempos. Eu estava nervoso no começo, mas fiz o que tive que fazer. Ele é muito duro e eu lutei para vencer – disse Cormier, que foi muito vaiado.

(*) Com informações do Globo Esporte

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