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Patriota reconhece que relação com os Estados Unidos esfriou por causa do Irã



Patriota reconhece que relação com os Estados Unidos esfriou por causa do Irã
Patriota reconhece que relação com os Estados Unidos esfriou por causa do Irã

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reconheceu nesta quinta-feira (17/03) que as divergências entre Brasil e Estados Unidos sobre a condução da política externa em relação ao Irã afastaram os dois países. O chanceler defendeu que a adoção de sanções ao governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pela comunidade internacional surtiu efeito contrário ao que previa o acordo negociado pelo Brasil e pela Turquia.

“Esfriaram as relações [entre o Brasil e os Estados Unidos] possivelmente porque houve uma incompreensão [sobre os esforços do Brasil e a Turquia em busca de um acordo, que conseguiriam produzir algum resultado]” , disse Patriota.

Para o chanceler, a comunidade internacional deve mudar a forma de negociar com o Irã excluindo a adoção de sanções e buscando uma nova base de articulações. “Na medida em que o impasse persiste, a conversa pode prosseguir em uma nova base: sanções não produziram resultados”, disse.

“No Irã, as sanções não contribuíram [para avançar nas discussões sobre o programa nuclear do país] enquanto a iniciativa levada pelo Brasil e pela Turquia teria produzido [outros efeitos]. Foi uma oportunidade perdida. [Mas] continuaremos a debater a questão do Irã, mantendo o contato com essa variedade [de opiniões].”

Em maio do ano passado, foi negociado um acordo para envio de urânio iraniano levemente enriquecido para o território turco e, em troca, o país receberia o produto enriquecido a 20%. Pelo acordo, o urânio enriquecido a 20% deverá ser remetido no prazo de um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos.

Desde junho de 2010, o Irã está submetido a uma série de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas que afetam, sobretudo, as áreas comercial, econômica e militar do país. Os representantes do Brasil e da Turquia votaram contra as restrições, enquanto o Líbano se absteve.







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