Água em Tóquio já está com níveis normais de concentração de iodo
Já passam de 10 mil os mortos do terremoto e do tsunami do dia 11 de março no Japão, segundo a agência «France Presse» que cita a agência local «Kyodo». No seu último balanço provisório, a polícia dava conta de mais de 27.000 mortos e desaparecidos.
Os crematórios não têm capacidade para responder a tantos pedidos, por isso, as vitimas são enterradas em enormes valas comuns. Mais tarde, as famílias vão exumar e cremar os corpos.
No Japão, a tradição diz que os corpos devem ser cremados e as cinzas colocadas numa urna para toda a família.
E é também preciso cuidar dos vivos. Praticamente quinze dias depois do sismo, a radioatividade proveniente das centrais nucleares é a grande dor de cabeça, de todo o mundo.
As vendas de contadores Geiger, aparelho usado para medir níveis de radioatividade, dispararam na França após a notícia de que uma nuvem de radiação com origem na central nuclear de Fukushima, no Japão, estaria avançando sobre o território francês.
O aparelho não é barato e, no entanto, a empresa distribuidora sofreu uma ruptura de estoque, conta a «BBC».
Apesar de o aparelho custar centenas de reais, empresas francesas que vendem ou alugam esse equipamento dizem que estão com problemas de falta de estoque até o final de abril ou maio.
Um navio mercante japonês com nível de radioatividade «anormal» foi detectado no porto de Xiamen, costa leste da China, já é o segundo caso.
O navio, que zarpou de Tóquio há uma semana, está ancorado desde segunda-feira em Xiamen, sem precisar se a radiação foi detectada na embarcação ou nas mercadorias que transporta.
Por sua vez, dois japoneses foram hospitalizados após a chegada à China, provenientes de Tóquio, por apresentarem uma taxa elevada de radioatividade, noticia a agência «France Presse».
Os dois japoneses, que viajaram num voo comercial de Tóquio para Wuxi, apresentavam um nível de radioatividade que «ultrapassava gravemente os limites» autorizados.
Notícias que surgem na altura em que as operações para arrefecer os reatores da central nuclear japonesa de Fukushima, afetada pelo sismo do dia 11, poderão levar ainda pelo menos um mês, disse um porta-voz da Tokyo Electric Power.
A parte superior do reactor 3 da central nuclear japonesa de Fukushima pode estar danificada, uma vez que foi detectada na zona água com elevados níveis de radioatividade, mas «é prematuro avançar conclusões», dizem os responsáveis.
A Agência de Segurança Nuclear japonesa admitiu poder elevar o nível do acidente de Fukushima, actualmente fixado em 5 numa escala de 0 a 7.
Nível de Iodo na água
O nível de iodo radioativo na água da torneira em Tóquio voltou nesta quinta-feira (24/03) a ficar abaixo do limite legal. A constatação é das autoridades japonesas que advertiram que 23 bairros da capital estavam ameaçados, assim como cinco cidades da região metropolitana da capital. As autoridades informam que a taxa de iodo em Tóquio baixou de 79 becqueréis por quilograma na estação de tratamento de Kanamachi (no departamento de Katsushika).
O limite máximo de iodo estabelecido é 100 becqueréis por quilo para que os bebês não sofram riscos nem ameaças. Ontem (23), a concentração de iodo radioativo chegou a 210 becqueréis, levando as autoridades a desaconselhar que fosse dada às crianças água da torneira.
A prefeitura de Tóquio, com 13 milhões de habitantes, está localizada a 250 quilômetros a sudoeste da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi – onde houve explosões e vazamentos nucleares após o terremoto seguido de tsunami no último dia 11.
Pelos dados oficiais, o número de mortes em decorrência da catástrofe chega a 9.700 pessoas, enquanto 16.501 estão desaparecidas.
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