Flamengo lança a construção definitiva de seu Centro de Treinamento

Com um discurso muito emocionado e repleto de agradecimentos, a presidente do Flamengo Patricia Amorim lançou, na manhã desta segunda-feira (23.05), a construção definitiva do centro de treinamento George Helal, em Vargem Grande. Além disso, a dirigente apresentou à todos os presentes as instalações provisórias, que já estão em funcionamento, bem como a maquete de como ficará realmente o CT.
Sem esquecer-se de agradecer aos convidados, entre eles grandes-beneméritos, beneméritos, toda a diretoria, além de personalidades rubro-negras e a imprensa, Patricia Amorim vibrou muito com essa data marcante. Além disso, a presidente do Flamengo fez questão de frisar, em seu discurso, que essa não é uma realização de sua gestão, mas do clube como um todo.
“O Flamengo é muito complexo politicamente. É um emaranhado de gente, de culturas, todos colocando a emoção, de uma forma tão apaixonada, em prol do clube. E isso, às vezes, faz a razão fugir na hora de se tomar uma decisão. No entanto, tenho a certeza de que esse projeto não tem corrente política. Aqui estaremos construindo nossas novas gerações de jogadores. Esse projeto precisa estar despido de qualquer vaidade. Temos é que trabalhar muito, juntos, para que ele aconteça o quanto antes”, afirmou Patricia Amorim, lembrando que se não fossem as antigas administrações, as obras para a construção de um CT moderno nem estariam acontecendo.
“Tudo começou lá atrás. Se não tivéssemos esse terreno, não teríamos como fazer o centro de treinamento. Hoje, os terrenos perto dos grandes centros estão todos com as grandes empreiteiras e imobiliárias. Temos que valorizar muito isso”, disse, referindo-se ao ex-presidente George Helal, que comprou o terreno em 1984.
Presente ao evento, Helal foi um dos mais emocionados em seu discurso. Lembrando da época em que deu início ao sonho rubro-negro de se ter um centro de treinamento, ele explicou como tudo aconteceu e fez um pedido à Deus: estar vivo para ver toda a obra pronta.
“Minha alegria é imensa. Desde que iniciei como vice de futebol, em 1969, não me conformava, não entendia o Flamengo, com sua grandeza, não tinha um centro de treinamento. Em 1983, quando assumi a presidência, além de outras coisas programadas, pensamos nisso. Com muito esforço começamos a procurar possíveis terrenos e acabamos chegando a esse aqui. Foram 300 milhões de cruzeiros, pagos à vista, na época e essa verba vinha da venda do Zico. Eu não queria comprar outro craque. Queria fazer outros aqui mesmo, no Flamengo”, explicou Helal, agradecendo muito a presidente Patricia amorim.
“Alguns presidentes, depois de mim, fizeram alguma coisa pelo CT, outros nem tanto. É evidente que o legado, hoje, é da Patricia Amorim. Ela é que realmente está fazendo alguma cosia pelo CT. E isso me dá uma alegria enorme. Não só para mim, sem dúvida. A Nação está toda alegre. Sei que vou morrer feliz com tudo isso. Só espero que Deus me dê mais alguns anos de vida para ver tudo pronto. Hoje vemos que o sonho se transformou em realidade”, completou o ex-presidente.
Grande incentivador da construção do CT definitivo do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo também esteve presente. E com o conhecimento de quem usa diariamente do espaço, ele ressaltou a necessidade do Flamengo ter um CT excelente. Não só para os profissionais, mas para os meninos que se formam jogadores e homens.
“Para mim, hoje é um dia mais que especial. Quando utilizamos pela primeira vez a estrutura provisória aqui do CT, há alguns dias, me emocionei quando fui almoçar com o Veloso (Luiz Augusto – diretor de futebol), no refeitório. E isso só aconteceu porque o Flamengo está no meu coração. Sempre falei isso e nunca vou negar o meu amor pelo clube. Vai ser assim até eu morrer. Antigamente, eu saia 4h30 de casa, andava uns sete quilômetros, pegava dois trens e um ônibus para ir treinar na Gávea. Poder fazer parte de um projeto que vai dar toda a estrutura para esses meninos que treinam aqui se tornarem homens, não só profissionais do futebol, é muito gratificante”, disse Luxemburgo, explicando sua opção, desde que assumiu o time, em 2010, por treinar já no CT.
“Fiz questão de ficar aqui para criar raízes. As pessoas tinham que entender que eu voltei para o Flamengo, não para a Gávea. Dizem que é longe, mas não é. Para quem pegou trem, como eu, isso aqui não é nada. Os jogadores têm carro hoje em dia e vir aqui é fácil, sim. Pela grandeza do Flamengo, ele não poderia deixar de dar o quanto antes esse pontapé inicial na construção do CT. Me sinto envaidecido de fazer parte dessa história, que está só começando”.
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