Homens do BOPE invadiram na manhã deste sábado (04/06) o Quartel-Central do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro após a invasão dos manifestantes na noite desta sexta-feira (03/06) de aproximadamente 2 mil manifestantes. Os Bombeiros detidos foram levados em vários ônibus para um Quartel da Polícia Militar e colocados em uma quadra. A ordem do Governo do Estado do Rio de Janeiro foi que todos os manifestantes deveriam ser presos.

Vários carros da Polícia Militar foram colocados na frente do Quartel e aproximadamente 2 mil Bombeiros tomaram a sede da corporação onde ficaram toda a noite. Pela manhã deste sábado (04/06) tiros e bombas foram lançados nos manifestantes e mulheres e crianças que estavam presentes ficaram feridos segundo informação dos Bombeiros que estavam no QC no Centro do Rio de Janeiro.

Os homens do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para entrar no quartel. Os feridos estão sendo atendidos na enfermaria do próprio Batalhão.

Alguns manifestantes, apontados como líderes do protesto, deixaram o quartel central em ônibus da PM. Eles foram levados para o Batalhão de Choque, também no centro do Rio onde estão detidos em uma quadra.

A manifestação
Homens do Corpo de Bombeiros fizeram uma grande manifestação nas ruas do Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira (03/06). Segundo informou a Polícia Militar mais de dois mil Bombeiros estiveram na manifestação. Eles passaram pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e foram em direção ao Quartel General da Corporação e chegaram a assumir o pátio da unidade.

Os manifestantes pedem a presença do governador Sérgio Cabral e do secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes.

Cerca de 2.000 bombeiros participaram da manifestação, que interditou a pista central da avenida Presidente Vargas (sentido Praça da Bandeira).

O protesto provocou um grande engarrafamento no bairro. Segundo a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego da Prefeitura), o trânsito ficou lento na própria Presidente Vargas, na rua Primeiro de Março e também na avenida Presidente Antônio Carlos.

Com faixas e cartazes, os bombeiros reinvidicam melhorias salariais. No início de maio, a categoria realizou uma série de protestos no centro. Muitos bombeiros permaneceram acampados por vários dias em frente da sede da Assembleia Legislativa do Rio.