Professores da rede estadual de diversas regiões fluminenses participam do V Seminário Nacional ABC na Educação Científica, promovido pela Academia Brasileira de Ciências em parceria com a Secretaria estadual de Educação, nos últimos dias 30 e 31 de outubro, no Rio. O tema central foi “Difusão e educação científicas no próximo milênio – A cultura científica no Brasil e no mundo”. A abertura do seminário foi no Planetário da Gávea, na zona sul carioca.

O seminário foi uma das etapas do Projeto “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”, que é um movimento em prol da compreensão das ciências, com base em desafios do cotidiano. Para o coordenador da Academia de Ciências, Diógenes de Almeida Campos, é necessário começar o ensino científico logo nos anos iniciais de escolaridade.

Vários trabalhos de pesquisa foram destacados no evento. Um deles foi o da educadora miracemense Sandra Maria Gomes de Azevedo, do Colégio Estadual Deodato Linhares, de Miracema.

A paixão pelo projeto virou tese de mestrado da educadora. Desde 2001 envolvida no Mão na Massa, Sandra Azevedo já percorreu os municípios de Miracema, Pádua, Itaocara e Aperibé, no Noroeste Fluminense, e Pirapitinga-MG, tendo várias experiências para contar.

– Além de trabalhar com professores, também desenvolvo materiais para a prática de ciência com alunos do Instituto Superior de Educação, da Faetec, na minha região. Sinto orgulho de já ter levado alunos do 6º ano à Conferência Mundial de Educação Ambiental, realizada no Rio, porque eles explicaram para cientistas e educadores como gostariam de aprender.

Os estudantes do Instituto criaram kits para experiências com poucos materiais. No “Brincando de Fazer Fumaça”, basta conseguir uma caixa de fósforos, álcool e pires; no “Vulcão de Levedura”, é preciso fermento biológico em pó, água oxigenada, detergente e corante de alimento.

Colaboração: Mônica Marzano (reportagem) e Cris Torres e Marcia Costa (fotografias).