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Deputados irão à UNIG dia 14 para conhecer a real situação financeira da Instituição

Deputados de olho na situação financeira da Unig
Deputados de olho na situação financeira da Unig

A  crise  nas  instituições  de  ensino  superior  do estado continua motivando  a Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia  Legislativa  do  Rio  a realizar encontros para buscar soluções para  os  mais diversos problemas, como falta de pagamento de professores e paralisação  das  aulas.  Nesta  terça-feira (08/12), a comissão, presidida pelo   deputado  Paulo  Ramos  (PDT),  recebeu  alunos  e  funcionários  da Universidade  Iguaçu  (Unig), da Baixada Fluminense. De acordo com eles, há atrasos  salariais  constantes  desde 2001, trabalhadores sem receber há 14 meses  consecutivos,  não  recolhimento  do  Fundo de Garantia por Tempo de Serviço  (FGTS)  dos  últimos cinco anos e cursos com menos de cinco alunos matriculados,  dentre  outras  questões.  Para  resolver  a situação, Ramos marcou  para  o  próximo  dia  14 uma ida à Unig para tomar conhecimento da situação  financeira  da  instituição  e  buscar  meios para resolver, pelo menos, o atraso no pagamento dos professores e o andamento das aulas.

“Os alunos estão preocupados em não concluir seus cursos e, mesmo com a  conclusão, estão preocupados se terão a qualidade do ensino reconhecida. A  Educação  não  pode  se  distanciar  de seus compromissos sociais. Nossa proposta   é   levar   uma  comissão  formada  por  alunos,  professores  e funcionários  para  avaliar  a  situação  real da Unig e buscar caminhos em
homenagem  ao  corpo  discente e aos postos de trabalho”, anunciou Ramos.

O reitor  da  Unig,  Júlio  César da Silva, esteve presente no encontro, mas, apesar  de  admitir  o  problema financeiro, não trouxe soluções para essas questões  e nem uma perspectiva para o pagamento dos salários atrasados.

“A viabilidade  da  Unig é plena e absoluta. Temos como garantir a recuperação do quadro atual. O que nós precisamos é de um entendimento entre a reitoria e  a  mantenedora  da Unig. Não acredito na falência da universidade e acho que  a  crise  que  vivemos não é exclusividade da nossa instituição. Nosso trabalho é garantir a formação dos alunos”, ponderou o reitor.

Júlio  César  da  Silva comentou ainda que cerca de 40% dos alunos do campus  de  Nova Iguaçu encontram-se sem aulas. O professor Núbio Revoredo, que  se formou na instituição e hoje dá aulas para o curso de Engenharia da computação,  está  esperançoso  quanto  à  reunião marcada para os próximos dias.

“Espero  que  dessa  reunião  saia  um  caminho para nosso problema. Estamos  há  muitos  meses sem receber. Não estamos mais aqui para empurrar essa   questão  para  frente;  só  queremos  simplesmente  receber”,  disse Revoredo.

A  presença  do  Ministério  Público  Federal  do  Trabalho  foi determinante  para  o  desfecho  da  audiência,  pois  foi Carina Rodrigues Bicalho,  a  representante do MP, quem sugeriu o encontro entre as partes e defendeu  o  diálogo  antes de qualquer determinação judicial.

“A audiência conseguiu  aproximar  as partes e deu a chance ao MP de ser apresentado aos
alunos  de  Nova  Iguaçu. Apresentamos um histórico de acompanhamento desse caso  e  pretendemos  mobilizar  os  atores da sociedade para esse problema coletivo”, disse Carina.

Também  participaram  da  reunião  representantes  do  Ministério  da Educação e do Sindicato dos Professores da Baixada.






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