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Holloway nocauteia José Aldo e unifica os penas no UFC Rio 8

Na madrugada deste domingo (4) o brasileiro José Aldo foi derrotado por nocaute por Max Holloway. Ao afirmar que faria história e mostraria como se vence José Aldo, o “Abençoado” não falou da boca pra fora. Como ele mesmo disse, para conquistar um novo reino, um rei precisa até a terra de outro rei para derrotá-lo em uma guerra. E o havaiano fez exatamente isso ao chocar o público na Arena da Barra e bater o brasileiro, na cidade que o rival vive, por nocaute técnico, aos 4m13s, pela unificação do cinturão dos penas (até 66kg), na luta principal do UFC 212, na madrugada deste sábado para domingo, no Rio de Janeiro.

O resultado positivo é o 11º seguido de Holloway, que tornou-se o segundo havaiano campeão do Ultimate, juntando-se a BJ Penn. Com 18 vitórias e três derrotas, o Abençoado é o novo dono do peso-pena. Aldo, perdeu a segunda de suas últimas três lutas. Ele vinha de vitória sobre Frankie Edgar, quando recuperou-se do nocaute sofrido para Conor McGregor.

– Quero agradecer a Deus e dizer ao meu filho que temos um novo cinturão, baby. Vocês mostraram muito amor aqui. Eu lutei contra o seu compatriota evocês mostraram muito amor. Eu disse, chegou a era do “Abençoado”. Dana White, eu quero os meus US$ 50 mil. Eu mereci. Eu comecei perdendo, mas depois me recuperei, porque sabia que tínhamos cinco rounds. Obrigado, Brasil. Adorei as castanhas de cajú. Agora o novo rei chegou e conquistou. Vou dominar essa categoria e ficar no trono por muito tempo – prometeu Holloway.

A luta

A torcida gritava “olê, olê, olê, Aldo! Aldo!” e os lutadores apenas circulavam pelo octógono enquanto estudavam o melhor momento de atacar. O primeiro golpe conectado foi com quase dois minutos de round, quando Holloway tocou levemente com a mão direita na guarda do campeão linear. Aldo tentou responder com jab e direto, mas passou no vazio. Quando furou a guarda do rival, uma bomba de esquerda explodiu o rosto do havaiano. O brasileiro partiu para cima com socos e joelhadas, viu o público explodir, mas o dono do cinturão interino resistiu. Um upper voltou a balançar Holloway. Àquela altura, a superioridade do dono da casa era nítida.

Um gancho na linha de cintura marcou o início do segundo assalto. Holloway respondeu com um direto. Ciente de que precisava mostrar algo novo, tentou impor um volume maior de golpes, mas se viu vítima de dois contragolpes de esquerda. A expressão de Aldo parece não mudar jamais durante uma luta.
Quando o havaiano menos esperava era alvejado por combinações certeiras das rápidas mãos do brasileiro. Mas o Abençoado é perigoso e exigia atenção máxima do rival. Combinando direto e cruzado, ele chegou a tocar o rosto de Aldo, que mostrava esquiva em dia na maioria das investidas de seu oponente. Numa dessas esquivas, contra-atacou com diretos, mas recebeu golpes duros de Holloway pouco depois.

Nos segundos finais, o campeão interino provocou Aldo e pareceu despertar a fera, que conectou chute rodado e jogou cruzados na direção do rival. As vaias e gritos de “Uh, vai morrer!” foram inevitáveis.
Holloway crescia na luta e já encontrava mais o rosto de Aldo, que respondia com socos, mas usava muito pouco uma de suas principais armas, que é o chute. Um direto de direita do havaiano derrubou Aldo.





A tensão tomou conta da arena, enquanto Holloway ia para liquidar a fatura no ground and pound. A torcida gritava o nome do brasileiro, mas Holloway foi para a montada, desferiu muitos golpes no rosto e dominou as costas. Aldo escapou do mata-leão, conseguiu ficar de frente e seguiu engolindo socos.

O brasileiro cedeu as costas, passou apenas a proteger a cabeça e recebeu muitos socos antes que Big John McCarthy interrompesse o combate. O silêncio tomou conta do ginásio, e os torcedores se dirigiram para a saída quase que imediatamente.

Cláudia Gadelha dá show e finaliza Karolina Kowalkiewicz no UFC Rio 8

Ambas derrotadas pela campeã peso-palha, Joanna Jedrzejczyk, Cláudia Gadelha e Karolina Kowalkiewicz fizeram o co-evento principal o UFC Rio 8, e quem levou a melhor foi a brasileira. Com um jogo de chão afiado, a número um do mundo na categoria encaixou um mata-leão aos 3m03s do primeiro round. Kowalkiewicz não segurou as lágrimas e chorou assim que a luta foi encerrada, sendo consolada por Gadelha no octógono.

– Eu tenho dito que você não pode conseguir coisas diferentes fazendo a mesma coisa. Eu me desafiei e sou uma nova lutadora agora. E vai ser muito difícil me vencer novamente. Hoje eu estou me concentrando em outras coisas, vou me mudar para Albuquerque, comprar um carro novo e é isso – disse Gadelha logo após a luta.

A luta começou com as duas lutadoras trocando golpes no centro do octógono, mas sem contundência. Kowalkiewicz e Gadelha se alternavam na iniciativa dos ataques, mas a brasileira conseguiu derrubar a polonesa e dominou suas costas. Com muita eficiência, e contando com uma atuação muito abaixo do esperado da polonesa, conseguiu firmar a posição, encaixou um mata-leão e forçou a rival a desistir da luta.

Vitor Belfort encerra a má fase e vence Nate Marquardt por pontos no UFC Rio

O Rio de Janeiro é a casa de Vitor Belfort. E, neste sábado, no UFC Rio 8, na Arena da Barra, o brasileiro impediu que o peso-médio Nate Marquardt atrapalhasse os seus planos. O “Fenômeno” não foi brilhante, protagonizou um confronto morno, mas espantou a má fase, assegurando a vitória por decisão unânime (triplo 29-28). Um alívio para quem vinha sendo nocauteado no primeiro round e, desde novembro de 2015, não deixava o octógono com um sorriso no rosto. Adepto do estilo “matar ou morrer” no octógono, Vitor Belfort não vencia um duelo por pontos na carreira há dez anos. A última vez se deu contra James Zikic, no Cage Rage.

– Galera, obrigado pelo carinho. Quero mandar um beijo para os meus filhos, para a minha esposa, para a minha família, obrigados aos treinadores, equipe no Canadá, aqueles que investiram na minha carreira, sou grato a todos que plantaram uma semente na minha vida. Eu prometi mais cinco lutas ao Firas Zahabi – disparou Belfort, citando o líder da academia Tristar, localizada no Canadá, onde fez a preparação para o confronto.

Derrotado por Ronaldo Jacaré, Gegard Mousasi e Kelvin Gastelum (o revés se transformou em “No Contest” após o atleta ser pego no doping), Vitor Belfort ganha novo ânimo e, aos 40 anos de idade, sequer citou a palavra aposentadoria em seu discurso.

Ex-campeão do Strikeforce e, assim como o anfitrião, um veterano do esporte, Marquardt sofre seu sétimo revés em dez embates pelo Ultimate.

Vitor Belfort começou a luta com a torcida gritando seu nome. O anfitrião, porém, seguiu fitando o americano, que também o estudava com o semblante fechado. Nate Marquardt foi quem tomou a iniciativa: ele grudou no “Fenômeno”, ficou por cima ao quedá-lo, porém, sem efetividade no solo, fez o árbitro central Osiris Maia pedir que ambos se levantassem, reiniciando o embate de pé. Belfort balançou o americano com um soco e um chute. O americano bateu com as costas na grade, mas fez “não” com o dedo indicador, sinalizando que não sentiu o golpe. Marquardt devolveu com um chute na linha de cintura, mas Vitor Belfort tentava controlar o centro do cage. “The Greatest” acertou bons chutes e, por vezes, tocava no rosto do rival. No último segundo, Vitor acertou um chute alto, que parou na guarda do oponente. Foi uma performance para lá de discreta do anfitrião, acostumado a ser voraz e implacável nos primeiros cinco minutos.

Vitor Belfort, no segundo round, seguiu estudando o adversário, que o acertou com um bom chute na cabeça e jabs no rosto. Com um chutaço na cabeça, o brasileiro aplicou uma joelhada, um cruzado de esquerda, deixando Marquardt em apuros. Em seguida, acertou novo chute na costela. Foi um momento explosivo, um traço característico de sua longeva carreira. Marquardt, quando atacava, alternava chutes na linha de cintura e, às vezes, tentava grudar – mas era afastado por Belfort. Diferentemente do assalto anterior, o carioca ofereceu mais perigo e, desta vez, levou vantagem na parcial.

No terceiro e decisivo round, a torcida demorou a se animar, em função da passividade dos atletas durante os dois primeiros minutos. Um rápido grito de Vitor Belfort chegou a ecoar do público, porém, o carioca não atacava. Marquardt, por sua vez, arriscava chutes na linha de cintura e na cabeça, mostrando um pouco mais – bem pouco, por sinal -, de combatividade. Faltando 1m45s, Belfort soltou o braço, mesmo sem acertar o alvo com a potência necessária para liquidá-lo. Um chute alto, no entanto, fez o americano sentir. O carioca tentava enquadrá-lo – defendeu muito bem uma queda no centro do cage – e foi para cima. A torcida se animou, entoando o tradicional “Uh! Vai Morrer”. Marquardt avançou, mas não havia tempo. Quando o tempo se esgotou, ambos levantaram os braços ao mesmo tempo. Belfort foi além: subiu na grade e recebeu os aplausos da plateia. Acostumado a nocautear, ele não conseguiu evitar que o confronto fosse decidido pelos jurados – entretanto, a má fase havia sido interrompida em casa, diante de seus pais e de seus conterrâneos.

(*) Com informações do Combate

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