Neste sábado (07/12) no UFC Fight Night 33, realizado na Austrália, Antônio Pezão e Mark Hunt fizeram uma luta sangrenta e que no final foi sentenciado o empate como resultado final. Com muita coragem, eles trocaram golpes em pé durante cinco rounds, resistiram a incontáveis golpes potentes, ficaram exaustos e terminaram a luta banhados de sangue. Mas no final ninguém conseguiu o nocaute e por isso decisão ficou por conta dos juízes laterais. Um deles apontou vitória de Hunt, mas dois decretaram o empate por decisão majoritária.

Derrotados recentemente pelos dois atletas principais da categoria (Cain Velásquez e Junior Cigano), Hunt e Pezão passaram mais de um minuto apenas se estudando em pé. Até que o brasileiro acertou um soco de direita e derrubou o adversário, que conseguiu se levantar rapidamente. Outros golpes foram trocados no primeiro round, mas sem tanta eficiência.

Depois do intervalo, Hunt conseguiu equilibrar a disputa, dominou o centro do octógono e pareceu ser mais ameaçador. Porém, a luta ficou lenta e só teve mais emoção quando Pezão começou a usar chutes baixos. No final do round, um deles quase derrubou seu adversário.

Assim que começou o terceiro assalto, Hunt mudou a estratégia e tentou levar a disputa para o chão. Ele não conseguiu fazer isso com a luta olímpica, mas voltou a apostar na trocação de socos e assim levou a melhor: acertou um potente golpe que derrubou Pezão. Por baixo e pressionado na grade, o brasileiro não pôde fazer nada até ser salvo pelo gongo.

Nada parecia mudar no início do quarto round: Hunt conseguiu derrubar o brasileiro em menos de um minuto e ficou por cima mais uma vez. Mas logo o neozelandês cansou e, em pé, começou a sofrer nas mãos de Pezão. Foi um verdadeiro massacre: primeiro ele conseguiu derrubar Hunt com uma sequência de socos e no final emendou potentes golpes no “ground and pound”, abrindo feridas no adversário.

Depois de descansar, Hunt voltou melhor para a luta e até acertou uma cotovelada em pé, que abriu um ferimento e deixou Pezão banhado de sangue. Ele teve que ser observado por um médico, mas o combate continuou e até houve uma reação do brasileiro.

Shogun com um gancho de esquerda, nocauteia James Te-Huna no UFC Austrália

O brasileiro, com um gancho de esquerda, nocauteou James Te-Huna no UFC Austrália, ainda no primeiro round, após cerca de um minuto de luta. Os dois buscavam recuperação no UFC Fight Night 33, já que vinham de derrotas duras recentemente. Era especulada até mesmo uma aposentadoria de Shogun, caso ele perdesse mais uma vez.

Porém, isso não abalou o curitibano, que mostrou estar seguro desde o começo. Apesar de não dominar o centro do octógono, ele arriscou golpes e mostrou boa movimentação para escapar dos golpes de Te-Huna.

Até que, com cerca de um minuto de luta, Te-Huna tentou um ataque por cima, mas Shogun se esquivou e conectou um perfeito gancho de esquerda, que derrubou o neozelandês. O golpe foi tão perfeito que empolgou o presidente do UFC, Dana White: “Shogun é mau. Nocaute do século!”, escreveu ele no Twitter.

Com o resultado, Shogun espanta de vez a má fase e voltará a sonhar com o título dos meio-pesados, que já foi seu, mas está atualmente com Jon Jones. Já James Te-Huna terá que buscar recuperação após acumular duas derrotas seguidas para brasileiros – antes tinha perdido para Glover Teixeira.

Veja outros resultados do card principal do UFC Fight Night 33:

Peso galo: Bethe Pitbull bate Julie Kedzie por decisão dividida

Com uma carreira curta (estreou no ano passado), a brasileira Bethe enfrentou uma experiente em má fase, já que Julie vinha de três derrotas seguidas. O combate começou com muitos estudos e cautela das duas, mas aos poucos elas se soltaram, principalmente Bethe, que acertou fortes socos de direita.

O segundo e o terceiround foram bem parecidas: as lutadores ficaram na trocação de socos em pé, com muita agressividade, mas pouca eficiência. Bethe usou bem a tática de levar a americana para a grade, acertou mais golpes e, apesar do equilíbrio, venceu por por pontos.

Peso meio-pesado: Ryan Bader massacra Anthony Perosh e vence por pontos

Demorou cerca de 10s para Bader mostrar que tem a “mão pesada” e já fazer o australiano sentir seu golpe. Depois disso, o americano dominou o combate e fez o adversário sangrar. O massacre continuou no segundo assalto, agora com Bader melhor na luta de chão também.

Completamente ensanguentado, Perosh continuou a apanhar no último round, mas só perdeu mesmo por decisão unânime dos juízes. Bader se recuperou da derrota recente para Glover Teixeira e pode voltar ao top 10 da categoria.

Peso médio: Dylan Andrews vence Clint Hester por interrupção médica

Nocauteadores, os atletas surpreenderam por levarem a luta para o chão. Preferido da torcida australiana, o neozelandês Andrews fez isso no primeiro round, conseguiu quedas e foi bem. Porém, Hester fez o mesmo no segundo assalto e equilibrou a disputa. O terceiro round seria decisivo, mas Andrews ficou com o ombro deslocado e não pôde mais lutar.

Soa Palelei vence Pat Barry com nocaute brutal

Atleta local, Palelei aproveitou a empolgação da torcida para conseguir uma excelente vitória. Derrubou Barry rapidamente, ficou por cima e escapou de uma chave de braço. Então o australiano superou a guarda do adversário com agilidade e, montado, e disparou uma “metralhadora” de socos até decretar o nocaute. Foi a segunda vitória seguida de Palelei no UFC.

(*) Com informações do Terra e Agências

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